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Balaão e a Burra Falante

Balaão e a Burra Falante

 

                                                                                  A farsa da burra falante

 

 

Não deixarás viver uma feiticeira.” Êxodo 22:18

Quando tiveres entrado na terra que o Senhor, teu Deus, te dá, não te porás a imitar as práticas abomináveis da gente daquela terra.

Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou â invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, teu Deus, expulsa diante de ti essas nações. Serás inteiramente do Senhor, teu Deus.

As nações que vais despojar ouvem os agoureiros e os adivinhos; a ti, porém, o Senhor, teu Deus, não o permite.

O Senhor, teu Deus, te suscitará dentre os teus irmãos um profeta como eu: é a ele que devereis ouvir." Deuteronômio 18:10-15

Os textos acima deixam claro que o deus da Bíblia odeia a prática da feitiçaria, bruxaria e toda sorte de agouros. Perceba que o deus bíblico não nega que essas coisas sejam reais, que existam. O que mostra claramente a mentalidade, não de um deus, mas a de um povo primitivo, atrasado e preso, como era comum, naquela época, a muitas superstições.

Sabemos que essas coisas não existem, mesmo que muitos digam, o contrário.

Se feitiçarias, bruxarias e toda sorte de agouros realmente funcionassem, os negros africanos nunca teriam sido escravizados pelos europeus, e nem os indígenas que tinham, do seu lado, o pajé. Esses dois grupos, podemos dizer assim, eram mestres nessa arte.

O time do Bahia e do Vitória no estado da Bahia seriam juntamente campeões do Brasileirão e da Libertadores, não haveria segundo lugar para nenhum dos dois, simplesmente, ficaria empatada a partida que fosse decidir o primeiro lugar. Seus jogadores seriam, todos os anos, vendidos para os maiores clubes europeus, bem como estariam todos escalados para seleção brasileira.

Os maiores astros da música brasileira seriam Ivete Sangalo, Cláudia Leite e Gilberto Gil.

Quantos ganhadores da megassena foram da Bahia, que já ouviu falar?

Qual a condição da grande maioria dos países do continente africano?

As evidências não dizem outra coisa, senão que todas essas crendices não vão além disso.

Na contramão de tudo que foi dito, a Bíblia incentiva a crença nelas, mesmo que em alguns textos indique que sejam desagradáveis e reprováveis ao deus, Jeová.

Há, na Bíblia, uma estória de um feiticeiro, pelo que tudo indica muito poderoso, chamado Balaão. Esse bruxo, contrariando tudo que é mais lógico e coerente, embora não fosse israelita, acreditava no deus hebreu, Jeová, chamando-o até mesmo de Jeová, meu deus. O texto bíblico revela que a relação desse bruxo com Jeová era antiga. Pois bem, o rei de Moabe, Balaque, com medo dos israelitas por serem em número muito grande, a ponto de cobrirem toda a terra, manda chamar esse agoureiro para que os amaldiçoe. Balaque, então, envia mensageiros para que tragam, à sua vista, Balaão.

Chegando a Balaão, os mensageiros do rei de Moabe lhe comunicam o motivo de estarem ali. Balaão, então vai consultar a Jeová para saber se ele deveria acompanhá-los ou não.

 Então ele lhes disse: “Passem a noite aqui e eu lhes trarei a resposta que Jeová me der.” Assim, os príncipes de Moabe ficaram com Balaão.” Deus veio então a Balaão e perguntou: “Quem são esses homens com você?” Balaão respondeu ao verdadeiro Deus: “Balaque, filho de Zipor, rei de Moabe, enviou-me uma mensagem, dizendo: ‘Apareceu aqui o povo que saiu do Egito, e estão cobrindo a face da terra. Agora venha e amaldiçoe-os para mim. Talvez eu possa lutar contra eles e expulsá-los.’”

Mas Deus disse a Balaão: “Não vá com eles. Não amaldiçoe o povo, pois eles são abençoados.” Números 22: 8-12

Notaram a relação próxima que há entre Jeová e o feiticeiro Balaão? Era costume de Balaão antes de usar seus supostos poderes de maldição ou benção, consultar Jeová. Se pesquisarmos na História veremos que essa era uma prática muito comum entre os antigos. Quando havia guerra, seu mago, feiticeiro ou sacerdote ia fazer consultas ao deus de que eles tinham devoção. Estes bruxos faziam presságios ou oráculos. No velho testamento vemos muito isso.

Mas Jeová não diz que odeia os bruxos e feiticeiros? Então como ele mantém uma relação dessa com Balaão?

As nações que vais despojar ouvem os agoureiros e os adivinhos; a ti, porém, o Senhor, teu Deus, não o permite.”

E se Jeová era tão poderoso assim, simplesmente, amaldiçoando ou não, o feitiço de Balaão não surtiria efeito. No entanto, o texto nos passa a ideia de que a maldição lançada por Balaão é realizada com a autorização de Jeová, daí o motivo do deus da Bíblia querer impedir Balaão de fazer o que ele não quer ou que ele quer.

Vale ainda perguntar: em nome de quem Balaão abençoava e amaldiçoava aqueles a quem Jeová consentia que ele o fizesse? Creio que você já deva saber a resposta com base no parágrafo acima!

Voltemos então a estória de Balaão. Com a resposta de Jeová, Balaão decide não acompanhá-los.

O rei de Moabe vendo que os primeiros mensageiros não obtiveram êxito na missão, resolve enviar um número maior de mensageiros e de maior dignidade que os primeiros. Número 22: 13-19

Novamente, Balaão decide verificar qual a vontade de Jeová. E sua resposta agora é diferente que a anterior, ou seja, agora, é sim. Pergunte-se: o que foi que mudou, além da quantidade de mensageiros, para que fizesse com que Jeová mudasse de ideia agora? O objetivo dos primeiros e desses últimos mensageiros, por acaso, mudou? O objetivo era e continuou sendo amaldiçoar Israel!

 “Deus veio então a Balaão de noite e lhe disse: “Se esses homens vieram para chamá-lo, vá com eles. Mas você só poderá falar as palavras que eu lhe disser.”Então Balaão se levantou de manhã, selou a sua jumenta e foi com os príncipes de Moabe.” Números 22:20-21

Sim, na segunda vinda de mensageiros a mando de Balaque, ficou decidido por Jeová que Balaão, o feiticeiro, devia ir com aqueles homens e que falaria somente o que Jeová lhe dissesse.

Agora, perceba outras loucuras, além das que já foram mostradas aqui.

Mas a ira de Deus se acendeu porque ele estava indo, e o anjo de Jeová ficou de pé na estrada para impedi-lo. Balaão estava montado na sua jumenta, e dois dos seus ajudantes estavam com ele. E, quando a jumenta viu o anjo de Jeová parado na estrada com uma espada desembainhada na mão, tentou sair da estrada e entrar no campo. Mas Balaão começou a bater na jumenta para fazê-la voltar à estrada. Então o anjo de Jeová ficou parado num caminho estreito entre dois vinhedos, com muros de pedras dos dois lados. Quando a jumenta viu o anjo de Jeová, começou a se espremer contra o muro e apertou o pé de Balaão contra o muro; e Balaão bateu nela de novo.

O anjo de Jeová foi então mais adiante e ficou de pé num lugar estreito, onde não havia como se desviar nem para a direita nem para a esquerda. Quando a jumenta viu o anjo de Jeová, ela se deitou debaixo de Balaão, de modo que Balaão ficou furioso e voltou a bater na jumenta com o seu bastão. Por fim, Jeová fez a jumenta falar, e ela disse a Balaão: “O que lhe fiz para você me bater essas três vezes?”Balaão respondeu à jumenta: “Você me fez de tolo. Se eu tivesse uma espada na mão, eu mataria você!” A jumenta perguntou então a Balaão: “Não sou a jumenta em que você montou toda a sua vida até hoje? Já fiz isso com você alguma vez?” Ele respondeu: “Não!” Então Jeová abriu os olhos de Balaão, e ele viu o anjo de Jeová parado na estrada com uma espada desembainhada na mão. Ele se curvou imediatamente e se prostrou com o rosto por terra.

O anjo de Jeová disse-lhe então: “Por que você bateu na sua jumenta essas três vezes? Veja! Fui eu que vim para impedi-lo, porque o seu caminho é contrário à minha vontade. A jumenta me viu e tentou desviar-se de mim essas três vezes. Imagine se ela não tivesse se desviado de mim! Agora eu já teria matado você e deixado a jumenta viva.” Balaão disse ao anjo de Jeová: “Pequei, porque não sabia que o senhor estava parado na estrada para me encontrar. E agora, se isso é mau aos seus olhos, eu voltarei.” Mas o anjo de Jeová disse a Balaão: “Vá com os homens, mas você só poderá falar as palavras que eu lhe disser.” Assim, Balaão continuou a viagem com os príncipes de Balaque.” Números 22: 23-35

Essa estória é mais hilária do que trágica. Como vimos, a ordem de Jeová era que Balaão fosse com os mensageiros. Mas do nada, o deus da Bíblia se ira contra Balaão porque este seguiu os mensageiros do rei. Mas, ele não fez conforme requerido pelo deus hebreu? Ele não mandou Balaão ir com eles?

O que acontece em seguida é mais ainda engraçado e totalmente fora da realidade e da razão. Um anjo aparece, por três vezes, a burra de Balaão, e esta se desvia do anjo. Jeová então faz a burra falar.

Para desmascarar essa estória e ver que ela não passa de uma fábula, faça-se a seguinte pergunta: Como uma burra pôde reconhecer um anjo e distingui-lo de um homem comum? Geralmente, os anjos, no velho testamento, apareciam na forma de homens comuns. Eles não tinham nenhuma aparência espetacular. Uma das poucas vezes que um anjo apareceu com aspecto diferente, ocorre na estória em que Sadraque, Mesaque e Abdnego são jogados na fornalha de fogo de Nabucodonosor, rei de Babilônia. Como então a burra conseguiu fazer essa distinção, mesmo que Jeová a tenha feito falar?

E o mais incoerente, por que matá-lo, ele não havia feito nada de errado. Estava apenas cumprindo o que Jeová havia mandado.

E o absurdo dos absurdos: uma burra, do nada, fala com Balaão e ele acha isso a coisa mais natural. Ele não estranha nada e continua a manter um diálogo com a burra. Parece que era coisa muito comum, no mundo criado pela Bíblia, bichos ou animais saírem falando com as pessoas. Lembra-se do caso de Eva? Ela teve o mesmo comportamento de Balaão ao ouvir a serpente falar.

Qualquer pessoa do mundo real teria uma só reação, diante de tais cenas: Daria a maior carreira de tanto susto. Ou poderia ficar paralisada de medo e, por conseguinte, não pronunciaria uma só palavra!

O anjo faz a mesma pergunta que a burra havia feito a Balaão. “Por que você bateu na sua jumenta essas três vezes?” Mas, o anjo já devia saber o porquê de Balaão ter feito isso! Parece estória de criança, essa de Balaão.

E o anjo explica que se não fosse a burra, ele já teria sido morto, porque seu proceder era contrário à sua vontade. Mas como o proceder de Balaão era contrário à sua vontade, se ele estava fazendo exatamente o que fora dito por deus?

Mesmo que essa doidice tivesse sentido, e Balaão não tivesse feito o que fora mandado por Jeová, não seria mais fácil que o anjo aparecesse logo a Balaão e falasse que seu proceder estava errado em vez de aparecer primeiro para sua burra?

O que mudou pelo anjo ter aparecido primeiro a burra e depois a Balaão? E se a intenção do anjo era matar Balaão, o que foi que mudou pelo fato de a burra querer se desviar de sua presença? A decisão de o matar já não havia sido determinada. Uma simples burra jamais poderia causar essa mudança.

E a maluquice: de um lado Jeová usando a burra para que o anjo não matasse Balaão e de outro o anjo sendo usado por Jeová para que o matasse.

Balaão então pergunta ao anjo se deve voltar e não seguir os mensageiros. E a resposta do anjo qual é: “Vá com os homens, mas você só poderá falar as palavras que eu lhe disser.”

Vejam que loucura, o anjo havia aparecido justamente para impedir que Balaão fosse ao encontro do rei de Moabe, Balaque, agora, depois de todo esse teatro ridículo, ele simplesmente repete o que já havia sido decidido por Jeová anteriormente, ou seja, de que ele deveria ir com os homens. Se nada mudou, então, por que querer impedi-lo de ir?É pra rir com essa estória!

E o mais extraordinário que muitos não percebem quando leem essa estória de criança, é que o deus bíblico, inicialmente, só possibilitou que a burra visse o anjo, só depois que Jeová abriu a boca da burra para que pudesse falar, certo? Então, pergunte-se outra vez: A burra era onisciente? A burra recebeu os poderes do deus da Bíblia, foi? Por que das perguntas? Porque a burra já sabia de antemão que o anjo que ela viu, queria matar Balaão, seu amo, por isso ela se desviou, por três vezes, da estrada em que se encontrava o anjo! Podemos chamar essa burra de burra-deus! Ela sabia de coisa que nem Balaão sabia.

A burra, além de ter poderes espetaculares e falar hebraico fluentemente, sabia matemática! É! a burra sabia fazer conta, ou você se esqueceu de que a burra disse que havia apanhado de Balaão por três vezes? Essa burra é mais esperta que o burro de SHREK!

A burra sabia que era burra. Ela sabia de toda a sua estória com Balaão, ou seja, a burra tinha noção de tempo passado, presente e futuro.

O capítulo 23 do livro de Números, mostra que Balaão faz exatamente o que Jeová lhe mandou que fizesse, ou seja, que não amaldiçoasse a Israel.

Assim, provamos que essa estória é totalmente mentirosa e incoerente. E se essa estória é mentirosa, as demais encontradas na Bíblia, também o são. O livro de 2 Pedro 2: 15-16, por exemplo, que está no novo testamento, menciona essa estória mentirosa.

Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça;

Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta.”

Percebam que o apóstolo dito inspirado por espírito santo é mais mentiroso que a própria estória de Balaão. Ele diz que Balaão amou o prêmio da injustiça, mas isso não é verdade, porque Balaão só fez o que foi dito por Jeová e ,em seguida, o que foi falado pelo anjo. Outra mentira na voz do santo apóstolo é quando diz que a burra o impediu de cometer a loucura, a transgressão. A loucura ou transgressão era Balaão ir com os homens e amaldiçoar Israel, o povo de deus. E isso não aconteceu, porque o próprio Jeová ordenou que ele não procedesse dessa forma. Mas que loucura ou transgressão foi impedida se ele mesmo diz que Balaão amou o prêmio da injustiça, então a burra não teria impedido nada. E mais, como vimos, quem, na realidade, o teria impedido da suposta transgressão que não houve, teria sido o anjo.

Você já viu alguma burra muda? Pois é, o apóstolo burro acha que a burra era muda só porque não falava como os humanos. Burras não são mudas, apenas elas não falam como nós humanos.

Outro detalhe é que Pedro aqui não menciona a presença do anjo. O que é muito estranho!

Vou extrapolar o que o texto diz e vou ousar dizer que Pedro tirou o anjo da estória, em sua carta, para não ficar evidente a contradição terrível da estória. Ou ainda, pode-se presumir que ele não acreditava muito na estória de anjo ter aparecido a Balaão, já que ele acredita que Balaão recebera o prêmio de sua injustiça.

Assim, Pedro ao mencionar a estória de Balaão e tomá-la como exemplo, detonou sua própria falsa inspiração divina, porque essa estória é falsa, fraudulenta e desprovida de qualquer verdade.

O grande problema de as pessoas não notarem as incoerências, inconsistências e contradições, para não dizer as mentiras contidas na Bíblia, é que elas foram ensinadas a pensar que tudo o que está nela, seja sagrado e divino. Ela teria inspiração divina, pensam alguns inocentemente, ou outros sabem do contrário, contudo preferem, por ser-lhes mais vantajoso, manter e dar continuidade a essa farsa.

Venderam-nos um produto com características mentirosas e fizeram para tanto uma propaganda muita bem-feita, quando não analisada. A Bíblia é um livro pirata!

A explicação que alguns religiosos dão a essa passagem da burra falante é hilária. Dizem eles que quem falou na realidade não foi a burra, mas um anjo. Contudo, sua explicação não tem o menor sentido.

Na estória, há um anjo que foi enviado para matar Balaão, portanto se foi esse mesmo anjo que simulou falar em lugar da burra, seria uma maluquice maior essa estória. E se foi um outro anjo, pior ainda. Pois aí teríamos dois anjos enviados por Jeová. Um que teria sido enviado para matar e um outro para evitar que o outro o matasse. Já pensou que maluquice.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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