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Conheça a verdade sobre os anjos

Conheça a verdade sobre os anjos

 

                                            Anjos podem pecar mesmo sendo perfeitos

 

 

 

Os anjos seriam seres espirituais à semelhança de Deus. Estes seres estariam mais próximos da natureza de Deus que qualquer outra criatura. Sendo filhos de Deus, em sentido pleno, refletiriam, com maior perfeição, as qualidades de seu Criador.

O que seria ser perfeito?

Qualquer pessoa sabe o que significa ser perfeito. O ditado mais conhecido, que ouvimos desde que quando éramos crianças, é: “Perfeito só Deus.”

A palavra usada no grego para perfeição ételeios que quer dizer “atingir fim, um propósito, um objetivo, uma meta, completo, maduro, plenamente desenvolvido, adulto, levado ao seu estado final, acabado, não faltando nada necessário, integralidade em bom estado de funcionamento, solidez consumado, ser inteiro. “

No hebraico, a palavra para perfeição é Tamim significa perfeito, sem defeitos, concluído.

Mas quando a Bíblia fala que Deus, Jesus e os anjos são perfeitos, a qual daqueles sentidos, estaria se referindo?

A pergunta se torna importante porque muitos procuram distorcer em algumas passagens bíblicas seu real sentido, para favorecer seus próprios interesses e ideias.

O homem Adão quando foi feito, segundo a Bbblia, à imagem e semelhança de Deus, também era perfeito.

Mas sendo os anjos e Adão perfeitos à semelhança de seu criador poderiam errar, ou seja, pecar?

Vamos entender agora o significado de pecado.

No hebraico e no grego comum, as formas verbais (em hebr. hhatá; em gr. hamartáno) significam "errar", no sentido de errar ou não atingir um alvo, ideal ou padrão. Em latim, o termo para pecado é peccátu. O apóstolo Paulo dá o significado de pecado: ”Mas eu não conheci o pecado senão pela lei. Porque não teria ideia da concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás” Romanos 7:7

Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.” (1 Jo 3:4)

A definição que Paulo e João dão para o pecado, perceba, não tem nada que ver com “não atingir um alvo, ideal ou padrão”para eles, pecado é a violação da lei(lei judaica). E essa é a ideia mais predominante nas escrituras hebraicas e gregas. Os judeus chamavam a todos os que não cumpriam a lei mosaica de pecadores ou iníquos.

E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos.
E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e
pecadores?
Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu n
ão vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.”

Mateus 9:10-13

Com as definições de perfeição e de pecado observados acima, creio que podemos seguir adiante.

Vimos que são muitos os sentidos que podem ser utilizados para o termo perfeição.

Já dissemos também que o sentido que a maioria das pessoas entendem como perfeição é o de que algo ou alguém é completo em si, acabado, sem defeito, algo que não precisa ser corrigido, nasceu pronto, padrão ou ideal alcançado.

O apóstolo Paulo corroborou esse mesmo entendimento quando comparou Cristo a Adão, chamando-o de último Adão e que este tinha similaridade ou semelhança com Cristo. A ideia, portanto, era que, Cristo era perfeito(teleios = sem defeitos, ideal alcançado) assim como Adão também o(Tamim = sem defeitos) fora.

Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante.” 1 Coríntios 15:45

Não obstante, a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre os que não tinham pecado na semelhança da transgressão de Adão, o qual tem similaridade com aquele que havia de vir.” Romanos 5: 14

Não é por nada que o sacrifício que havia de ser oferecido, segundo o entendimento cristão, tinha que ser à altura de Adão, ou seja, outro homem perfeito tinha que morrer em lugar de Adão. A perfeição de ambos não tinha o sentido de atingir o alvo, mas sim, o de perfeição quanto à estrutura, formação física.

Há até ilustrações, por aí, que colocam Adão e Jesus em lados opostos de uma balança. Querendo transmitir a ideia de equivalência ou similaridade em termos de perfeição de ambos.

E para que não pairem dúvidas sobre tudo que já foi abordado e esclarecido aqui, uma das explicações que é dada para justificar a longevidade de Metusalém(969 anos), Noé(950 anos) e outros é que estes estariam mais próximos do tronco Adão, daí, o motivo de terem vivido por tanto tempo. Quer dizer, estes estariam próximos da condição de perfeição que fora dada a Adão.

Partindo, portanto, dessa ideia, é completamente irracional e ilógico, imaginarmos que anjos e humanos perfeitos pudessem pecar. O estado de perfeição, em que estes foram feitos, impediria que errassem, pecassem ou melhor não atingissem o alvo para o qual foram criados. Não tem sentido o que muitos crentes, em geral, dizem. O ser que possuiria a perfeição em seu máximo grau, Deus, se porventura, criasse seres, que mesmo sendo perfeitos, estivessem sujeitos ao erro ou ao pecado, implicaria dizer que ele não era perfeito também. Porque se ele criou algo ou alguém para que atingisse determinado alvo ou objetivo, e esse alguém não o atinge, então quem deixou de atingir o alvo antes, foi seu próprio criador, a culpa não poderá ser exclusiva da criatura, mas será do criador, inclusive.

No nosso dia a dia se dá da mesma forma. Imagine você ir a uma loja de informática e um vendedor lhe oferece o mais avançado computador. Você chega em casa, e logo começa a testar todas as funcionalidades desse supercomputador. De repente, ele não consegue processar um dado do mesmo modo de antes. O que você acharia? Que você foi enganado pelo vendedor e que o fabricante não fez um bom trabalho quando produziu aquela máquina. O mesmo se daria no caso de Deus, se entendermos que ele pode ser comparado aquele fabricante.

Em uma grande obra de engenharia. De quem é o crédito se ela for bem-sucedida? E de quem será o descrédito pelo seu fracasso? Está na cara que em ambos os casos, a responsabilidade recairá, sempre, na pessoa do engenheiro chefe, em especial, e de toda a sua equipe. A obra não será culpada pelo fracasso de quem a projetou. Do mesmo modo, isso se dá com Deus.

Paulo, em Romanos 9:20,21, traz a figura do oleiro e o compara com IHVH( Jeová, Javé, ...)

Mas quem és tu, ó homem, para contestar a Deus? Porventura o vaso de barro diz ao oleiro: Por que me fizeste assim?

Ou não tem o oleiro poder sobre o barro para fazer da mesma massa um vaso de uso nobre e outro de uso vulgar?”

Em Jeremias que foi de onde Paulo extraiu as ideias em Romanos, é dito: “E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas. Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.

Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:

Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.”

Você sabe o que é um oleiro? Oleiro é o artesão responsável por fabricar e comercializar objetos feitos de cerâmica, barro. O oleiro trabalha na olaria, que consiste no lugar que produz os objetos feitos de barro.

Notem que Paulo e Jeremias deixam claro que assim como o oleiro que faz o que quer com o barro que modela, da mesma forma Deus age em nosso caso. Deus é o oleiro e nós o barro em suas mãos. O barro não tem vontade própria, o oleiro faz aquilo que deseja com o barro. Embora Paulo fale em vaso de honra e de desonra, ambos são feitos por vontade exclusiva do oleiro, Deus. Nenhum deles, quer seja os honrosos, quer seja os desonrosos, tem vontade, servem apenas para engrandecer o oleiro, IHVH, o criador.

E se o oleiro faz o que quer com o barro e tira dessa arte seu sustento, poderia ele produzir algo que lhe trouxesse uma má reputação como profissional do barro?

Se esse oleiro viesse a fazer um vaso torto ou com qualquer outra mácula, de quem seria a culpa ou sobre quem recairia o descrédito? É óbvio que seria do oleiro, e não do vaso produzido com defeito. Quem olhasse para a obra, logo desmereceria seu criador.

Quando vemos uma obra de arte, a quem atribuímos os devidos elogios?

Deus é o oleiro maior, assim jamais esse oleiro produziria criaturas humanas e espirituais em tais condições. Ele teria o maior zelo possível em produzi-los em um estado de extrema perfeição, pois do contrário, qualquer defeito ou erro encontrado seria reputado a ele.

Nessa hora, argumentam alguns que os anjos e os homens teriam o livre-arbítrio. Mas essa argumentação não tem sustentação. Vimos que o barro não tem vontade para decidir como o oleiro deve trabalhar sobre ele. E essa explicação está na Bíblia, não foi inventada, está lá. Não há o que se argumentar em cima disso!

Mas mesmo assim, os mais insistentes continuariam nessa questão. O que é então livre-arbítrio?

Na internet, encontrei essa definição para ele: “Oportunidade ou possibilidade de tomar decisões por vontade própria, seguindo o próprio discernimento e não se pautando numa razão, motivo ou causa, estabelecida.”

E é isso que as pessoas comuns também entendem que ele seja. Uma das primeiras objeções de alguns crentes quando questionados a respeito da trindade, é dizer que esta palavra sequer aparece na bíblia. Eles também deveriam pensar assim, no caso do livre-arbítrio.

Foi santo Agostinho que criou a teologia do livre arbítrio. Ele disse, por exemplo, que livre-arbítrio é a escolha entre o bem e o mal.

Vejam que para se fazer uso do livre-arbítrio, é necessário antes que se faça uso do discernimento. São pessoas que tenham capacidade de discernir algo, que podem fazer uso do livre-arbítrio, e mais esse discernimento não pode estar preso a alguma razão, motivo ou causa estabelecida. Porque senão isso não seria mais fazer uso da liberdade de escolha que é próprio da pessoa, mas se tornaria algo impositivo. E onde há imposição não há livre-arbítrio, tampouco vontade a ser respeitada.

Portanto, se para ter livre-arbítrio é preciso saber discernir, então um homem perfeito cuja capacidade de discernir estaria em um nível bem mais elevado que a de um homem imperfeito, jamais pecaria ou erraria o alvo para o qual fora feito. Só um homem imperfeito procederia de modo diverso. E essa lógica louca da maioria dos crentes fica ainda totalmente afastada quando pensamos no caso dos anjos. Se os anjos estão acima dos homens, como então estes mesmos teriam sua capacidade de discernir pior que a de humanos?

Teríamos que admitir que humanos imperfeitos, cheios de defeitos, segundo a lógica biblica, teriam a capacidade de discernir em escolher servir ou não a Deus melhor que anjos perfeitos. Quer dizer, um homem imperfeito atingiria o alvo para o qual fora criado bem melhor que alguns anjos. Isso é um total absurdo!

E vejam novamente o que Paulo fala: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.

Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.

Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.

Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.”

Viram, Paulo reconhece que por ser pecador, não consegue, por mais que queira, praticar o bem. O bem nesse caso, é cumprir a lei. E, outro detalhe, o pecado não é apenas não atingir o alvo, o pecado é algo existencial e interior, uma inclinação ou propensão, segundo as palavras de Paulo.

Assim, fica mais que provado que o homem perfeito nunca, e digo mesmo, nunca cometeria o pecado(errar o alvo) porque ele não estaria nessa condição de Paulo de haver dentro de si, algo que o impeliria para praticar algo contrário à lei. Ter ou não livre-arbítrio não influenciaria o estado de perfeição do homem ou dos anjos.

Percebemos também nas palavras de Paulo, embora não aprofundarei essa questão aqui, uma incoerência, inconsistência. Pois ele diz que o bem que quer fazer, não consegue porque o pecado que está nele não o permite. E se é o pecado que faz, não ele. E ele mesmo assume essa condição imposta, quando diz “já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.”, então ele não poderia ser responsabilizados por seus atos.

Ainda na tentativa de salvar suas crenças distorcidas e desconexas com a realidade dos fatos e do contexto, muitos procuram citar diversos textos que indicariam que anjos teriam, sim, pecado.

E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas.Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. “

 

Naquele tempo viviam gigantes na terra, como também daí por diante, quando os filhos de Deus se uniam às filhas dos homens e elas geravam filhos. Estes são os heróis, tão afamados nos tempos antigos.

E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.
Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração.” Gênesis 6:1,2,5,6

 

 

Alguns estudiosos, teólogos e eruditos judeus e cristãos dizem que essa passagem não se refere, na realidade, a anjos, mas sim, aos descendentes de Caim que na semelhança do pai, seriam também desobedientes, violentos e malfeitores, enquanto essas filhas dos homens seriam “os descendentes” de Sete, que era homem bom.

Para contrarrazoar essa argumentação, outros apontam a citação do livro de Jó 1:6Ora, veio a ser o dia em que os filhos do [verdadeiro] Deus entraram para tomar sua posição perante Jeová, e até mesmo Satanás passou a entrar no meio deles.” E também as referências às estrelas da manhã contidas em Salmos e mesmo a de Nabucodonosor quando presenciou um quarto homem(semelhante a um filho dos deuses) na fornalha de fogo com Sadraque, Mesaque e Abdnego.

Concordo com os que dizem que a expressão “filhos de Deus” se refira aos anjos de Deus. Não há quase que nenhum vestígio que ligue esses filhos de Deus aos descendentes de Sete. O que há mesmo, nesse sentido, é uma forçação de interpretação.

Além do que alguns escritores do novo testamento corroboraram a ideia de que “os filhos do Verdadeiro Deus” eram de fato anjos.


E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia;

E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos.” Judas 1:6,14

Certamente, se Deus não se refreou de punir os anjos que pecaram, mas, lançando-os no Tártaro, entregou-os a covas de profunda escuridão, reservando-os para o julgamento; e ele não se refreou de punir um mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da justiça, junto com mais sete, quando trouxe um dilúvio sobre um mundo de pessoas ímpias.” 2 Pedro 2: 4,5

Não há como negar, pelos exemplos acima citados, que houve anjos que pecaram. E tudo indica que os pecados cometidos por estes, envolviam a desobediência, violência e a imoralidade sexual. A conclusão vem do contexto em que os anjos são citados. Em todos eles há menção de Sodoma e Gomorra, das pessoas do tempo de Noé e de pessoas do tempo em que esses livros foram escritos como sendo pessoas desobedientes e praticantes de concupiscências.

E, se isso não bastasse, há um livro que os atuais cristãos chamam de apócrifo que menciona, em ricos detalhes, essa depravação dos filhos de Deus. O livro de Enoque! Há quem diga que tanto a passagem mencionada por Judas quanto a que fora mencionada por Pedro, teriam sido tiradas do livro de Enoque, em outras palavras alguns estudiosos afirmam que os escritores cristãos do Novo Testamento teriam sido influenciados pelo escrito apócrifo de Enoque. Mas há também os que desmentem essa conclusão, por dizer que o livro de Enoque seria tardio, datando do final do século 1 e séculos 3 ou 4.

A verdade é que o novo testamento menciona um livro apócrifo para dar força ou credibilidade a seus escritos. Pelo que parece, as estórias orais desse apócrifo eram muito conhecidas e aceitas como inspiradas naquela época, daí o motivo de Judas e Pedro o mencionar. Alguns pais da igreja o considerava inspirado, outros não. Os cristãos etíopes, por exemplo, até hoje o tem como canônico.

Os judeus não o consideram inspirado atualmente.

E agora, será que anjos poderiam mesmo cometer pecados dessa natureza?

Como dissemos, não! Porque os anjos são seres espirituais perfeitos e possuidores de um livre-arbítrio de grau muito superior até mesmo ao de humanos perfeitos.

Os anjos seriam, segundo a biblia, poderosíssimos, e esse seu poder varia de acordo com a classe a que pertencem. Há os arcanjos(há quem diga que só há um arcanjo), serafins, querubins, e anjos. Em Daniel, por exemplo, menciona um anjo que cortou a força do fogo, e um outro cuja velocidade seria igual à do pensamento. Daniel 9:20-23.

Em 2 Reis 19: 35, um outro teria matado, em uma só noite, 185.000 homens do exército inimigo de Israel.

Anjos, certamente, possuem desejos e necessidades, mas não podemos concluir que esses desejos e necessidades possam guardar alguma semelhança aos nossos. Temos necessidade de comer, beber, dormir e respirar, porque nossos corpos físicos precisam dessas coisas, contudo, não podemos deduzir que o mesmo se daria com esses seres cujos corpos divergem dos dos humanos. Os corpos dos anjos são de estrutura totalmente diferente da humana. Paulo disse: ”Se eu falar em línguas de homens e de anjos, mas não tiver amor, sou um gongo que ressoa ou um címbalo que retine.” Por dizer isso, Paulo revela uma diferença entre tantas que nos separariam dos anjos, a língua. 1 Coríntios 13:1

Paulo ainda menciona a questão dos graus de grandezas de corpos espirituais e corpos físicos, mostrando claramente que há diferença entre eles.

E há corpos celestiais e corpos terrenos, mas a glória dos corpos celestiais é de um tipo e a dos corpos terrenos é de outro. A glória do sol é de um tipo, a glória da lua é de outro, e a glória das estrelas é de outro; de fato, uma estrela difere de outra estrela em glória.” 1 Coríntios 15:40,41

Mas cada um é provado por ser provocado e engodado pelo seu próprio desejo. Então o desejo, tendo-se tornado fértil, dá à luz o pecado; o pecado, por sua vez, tendo sido consumado, produz a morte.” Tiago 1: 14,15

Esse texto costuma ser citado para afirmar que os anjos pecadores teriam sido enganados pelos seus próprios desejos e inclusive o mais famoso entre eles, o diabo. Mas será que isso é verdade?

Pelo que já dissemos, não. Segundo, esse texto de Tiago, nesse caso, está sendo muito mal aplicado e descontextualizado. Por quê? Porque se olharmos para os versículos anteriores a esses, veremos que Tiago está se referindo aos desejos e tentações que sobrevêm aos humanos e não aos que sobrevêm aos anjos, o que invalida, por completo, a mau intencionada aplicação.

Vejam: Quando posto à prova, ninguém diga: “Estou sendo provado por Deus.” Pois, por coisas más, Deus não pode ser provado, nem prova ele a alguém...” e “Não sejais desencaminhados, meus amados irmãos ...” Além disso, essas provações que não poderiam ser atribuídas a Deus, segundo Tiago, seriam as que sobrevêm aos homens pelos seus próprios desejos ou provenientes pelos anjos decaídos.

E para acabar com qualquer tentativa de harmonizar as incoerências, inconsistências e contradições nessa teologia inventada e elaborada de que anjos perfeitos poderiam ter desejos carnais a ponto de coabitarem com as filhas dos homens, devemos nos lembrar que anjos não possuem sexo, não se pode dizer que eles sejam do sexo masculino ou feminino, ou dizer que suas personalidades seriam de alguém do sexo masculino, embora em suas aparições na Bíblia, mostrem-se como sendo homens, mas eles não o são.

Além disso, se pergunte: se os anjos não possuem sexo, por que então eles escolheriam somente as filhas dos homens? Não tem lógica que eles somente assumissem formas masculinizadas. Se os anjos estavam em busca de satisfazer “desejos carnais”, esses desejos seriam saciados tanto com homens e bem como com mulheres. Até porque eles eram anjos pecadores. Não tinha porque só quererem mulheres.

Jesus respondendo a indagação de um Saduceu disse o seguinte: “Os filhos deste sistema de coisas se casam e são dados em casamento, mas os que são considerados dignos de ganhar aquele sistema de coisas e a ressurreição dentre os mortos não se casam nem são dados em casamento. De fato, eles nem podem mais morrer, porque são como os anjos, e são filhos de Deus por serem filhos da ressurreição.”

Os Saduceus não acreditavam na ressurreição dos mortos, mas criam na Lei de Moisés, assim, ao perguntarem a Jesus de qual dos homens a mulher seria quando todos porventura fossem ressuscitados, eles queriam, na realidade, saber também como seria aplicada a lei mosaica naquela situação. Para os judeus a Tanak é irrevogável. Esse era um dos motivos pelos quais os Saduceus não acreditariam na ressurreição dentre os mortos.

Embora Jesus não tenha respondido a questão a contento, coube a Paulo dá luz a essa questão.

Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?

Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido.”

De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido.” Romanos 7:1-3

A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor.” 1Corintios 7:39

Agora sim, ficou claro! A lei não é revogada na morte, mas perde seus efeitos sobre quem já morreu.

Mas finalizando a questão dos anjos, vemos que assim como os anjos, os mortos e ressuscitados não se casam. E como, logicamente, anjos também não têm filhos ou prole, estes também não o terão.

É isso aí, anjos não podem casar e ter filhos simplesmente porque não possuem sexo, órgãos sexuais e muito menos desejos sexuais. O Adão bíblico mesmo se sentindo só no meio de todas as espécies de animais, não se sentiu atraído por nenhuma delas, por que não era natural que sentisse. Ele foi criado para outro fim. Assim, da mesma forma, poderíamos fazer idêntica analogia com os anjos em relação aos humanos.

Concluindo: os relatos bíblicos são invenções, eles não condizem com a realidade. Foram criados na tentativa de explicar o mundo em volta de um homem primitivo que não dispunha de conhecimento.

Veja também um erro crasso no episódio dos Saduceus e Jesus. Elias no passado já havia ressuscitado uma pessoa, mas mesmo assim surge essa questão. Jesus também já havia ressuscitado outros e ressuscitaria mais tarde. Será que os que foram ressuscitados não casaram novamente ou tiveram filhos? Por que só os filhos da ressurreição após a vinda de Jesus não se casariam?

Só um pouquinho de lenha na fogueira, há alguns crentes extremistas que acreditam que haverá humanos que serão levados aos céus e ganharão imortalidade. Imagine quantos anjos se transformarão em diabos! Os anjos que já teriam vivido incontáveis anos com o criador ficariam “enraivecidos” com esse maravilhoso prêmio -isso se admitirmos que anjos tem desejos como querem eles acreditar,-que seria dado a humanos outrora imperfeitos. Ia haver uma guerra espiritual agora de verdade em que haveria mortes, cabeças e sangue sagrados espalhados por todo o céu. Aquela guerrinha mencionada em Apocalipse em que ninguém morreu, pode esquecer! Essa, sim, derrubaria o deus da bíblia do seu trono!

 

 

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