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A falsa história de Daniel em Babilônia

A falsa história de Daniel em Babilônia

 

 

A estória de Daniel em babilônia nada mais é que um plágio de outra estória também falsa, a de José do Egito. As histórias são quase que idênticas.

Um cativo judeu chega a terras estrangeiras e logo obtém o favor de seu senhor. O grande rei tem um sonho assustador e apavorante. Assim, é chamado para desvendar os mistérios desse sonho, os magos e feiticeiros do reino que logo se mostram incapazes de revelá-lo. No caso do Egito, o revelador de sonhos, é José; em Babilônia, Daniel.

As estórias são as mesmas, apenas os nomes dos personagens e o local são trocados.

E os sonhos que são ditos como apavorantes e assustadores, na realidade, não têm nada de estranho. Nem uma criança acordaria assustada com eles. Só os sonhos dos governantes adoradores de deuses falsos, é que, tinham importância a ponto de refletir na vida do povo de Deus. No de faraó, aparecem vacas e espigas magras que comem as sadias e gordas. No de Nabucodonosor, uma estátua gigante feita de diversos materiais que é destruída por uma pedra que surge do nada. O que há de assustador em vacas e espigas, e em estátua gigante? Pois é, nada! Porém, em ambos, aqueles que os tiveram, acordam completamente transtornados, querendo a todo custo o significado deles.

Vejam que a bíblia novamente apoia ideias que ela como sendo a suposta inspirada palavra de Deus deveria condenar. Mas, vemos em suas páginas justamente o contrário. Porém, isso também tem explicação. Os escritos hebraicos apenas são frutos de um tempo em que os homens eram supersticiosos que em tudo acreditava e em tudo via o sobrenatural. Os povos antigos, os quais se incluem os hebreus, acreditavam em tudo que era crendices. Eles criam em segredos ou revelações contidas em sonhos e tudo mais. Encontramos essas superstições de sonhos até hoje. Mas, voltemos a estorinha de Daniel.

 

Sonhos assustadores em quê? Assustador seria se os reis nesses sonhos vissem seus filhos e esposas sendo mortos, e seus reinos sendo destroçados, mas nada disso acontece neles.

Na estória de José quanto na de Daniel, O rei de imediato reconhece que o deus do outrora cativo é o Deus dos deuses. Em ambos, o revelador é agraciado com o mais alto cargo do reino, o de governador.

A estória de Daniel se mostra ainda mais ridícula, porque anteriormente Nabucodonosor havia reconhecido a superioridade do deus judeu, contudo, mais tarde, Nabucodonosor manda construir uma estátua de ouro e ordena que todos a adore, inclusive os hebreus adoradores do deus que Nabucodonosor supostamente passara a admirar.

Respondeu o rei a Daniel, e disse: Certamente o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis e revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério.” Daniel 2:47

E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?”
Daniel 3:15

Onde foi parar o respeito que Nabucodonosor passara a ter ao Deus dos deuses, o deus dos hebreus? Vejam que Nabucodonosor se coloca acima de qualquer deus existente.

Um servo é um escravo, assim não tem sentido achar que os hebreus viviam em babilônia adorando seu deus na maior liberdade. O conquistador normalmente impunha seu deus e costumes ao conquistado. Prova disso é que o próprio relato bíblico afirma que os nomes de Daniel e seus companheiros foram mudados para nomes caldeus.

 

Daniel - Deus é o meu juiz

Hananias - Deus foi gracioso comigo

Misael - Quem é como Deus (não se refere a sentido de igualdade, mas de pensamento)

Azarias - Deus é quem me ajuda

A interpretação dos nomes caldeus não é consensual. Por exemplo:

Beltessazar - Tesouro de Bel ou O depositório dos segredos de Bel (representava várias divindades)

Sadraque - Inspiração do Sol, deus, autor do mal, seja favorável a nós, deus nos proteja do mal

Mesaque - Aquele que pertence à deusa Sheshach

Abede-Nego - Servo de Nego, um dos deuses babilônios, talvez o sol, uma estrela movente, ou os planetas Júpiter ou Vênus.

A pergunta que fica é: Se simples nomes tiveram que ser adaptados à conveniência dos babilônios, então o que dizer da adoração ao rei e aos seus deuses?

O texto diz que esses nomes eram de fato referências aos deuses babilônicos:

Mas por fim entrou na minha presença Daniel, cujo nome é Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no qual há o espírito dos deuses santos; e eu lhe contei o sonho, ...” Daniel 4:4

Percebemos também que Nabucodonosor era adorador de Marduk, bem como de outros deuses.

Aqui está um outro motivo da estória ser mentirosa. Um judeu que preferiu ser jogado em uma fornalha ardente a adorar a estátua de ouro do rei, não permitiria que seu nome fosse trocado para um nome que guardasse relação direta com o deus que se opôs a adorar.

Uma estória em que homens saem vivos de uma fornalha faria com que todos passassem a admirar esse deus judeu ou mesmo ver os sobreviventes como verdadeiros deuses. Mas nada disso aconteceu!

Na história real, há diversos relatos que, por pouco menos, nativos passaram a reconhecer determinadas pessoas como deuses.

A farsa não para por aqui. A estória dos sonhos se repete, e sempre, não há quem os decifre, exceto, o já tão conhecido decifrador de sonhos, Daniel, mas, mesmo assim, o rei parece esquecer-se disso, todas as vezes, e insiste em chamar seus feiticeiros e magos que nada sabem.

A história da árvore e o tempo por que Nabucodonosor passaria como bicho, animal do campo. Vejam parte do relato:

 

Seja mudado o seu coração, para que não seja mais coração de homem, e lhe seja dado coração de animal; e passem sobre ele sete tempos.”
Daniel 4:16

 

E serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo domina sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.” Daniel 4:32

O sonho nada mais é que um castigo do deus hebreu a Nabucodonosor por ser ele arrogante e não reconhecer o poder do deus hebreu. Portanto, Nabucodonosor passaria sete tempos como se um animal fosse até que viesse a reconhecer o poder e a soberania do deus hebreu.

Não tem o menor cabimento de novo essa estória. Por que não? Porque como alguém que se encontra fora de si, cujo estado mental é comparado a uma fera do campo, sem qualquer noção do seu eu e do ambiente em sua volta, poderia nesse estado vir a reconhecer e se submeter ao poderio e soberania desse deus hebreu?

Outro detalhe, que não poderia deixar de mencionar, é o fato de o deus hebreu falar ao próprio Nabucodonosor. Algo totalmente novo na bíblia. O deus bíblico deu-se ao trabalho de falar diretamente com um rei adorador de ídolos. Quantos devotos até hoje sequer ouviram um pequeno murmúrio ou sussurro de sua parte, entretanto ele abriu a exceção logo a um adorador de Marduk.

Passemos agora para a estória do filho de Nabucodonosor, Belsazar. Pois bem, o pecado desse foi ter utilizado os utensílios que foram tirados do templo de Jerusalém e com eles fazer uma verdadeira festança no palácio.

De repente, aparece uma mão que escreve palavras até então desconhecidas por todos. E novamente, Daniel é chamado à presença do rei, isso depois de se perder tempo com os magos e feiticeiros do rei que como sempre não sabem de nada. E mais, embora Daniel fosse o chefe dos feiticeiros e magos, este era desconhecido pelo próprio Belsazar, a ponto de sua mãe lhe sugeri que mandasse trazer a sua presença o sábio Daniel. Um absurdo sem tamanho, não se conhecer alguém que trabalhe para ele e que ocupe uma posição tão elevada, cujos feitos passados eram conhecidos por todos daquele reino. Quem não se lembraria do homem cujos amigos hebreus passaram ilesos pela fornalha de fogo de Nabucodonosor? Um homem revelador de sonhos sem igual?

Como Daniel, um homem com talentos tão extraordinários não era conhecido pelo rei e seus servos?

E o mais embaraçoso é que os magos e feiticeiros que foram chamados estavam sob a supervisão do próprio Daniel, já que ele ocupava o cargo de chefe dos magos e feiticeiros, e mesmo assim, quando não souberam decifrar a escrita, não pensaram em chamar seu chefe, Daniel. Mas, simplesmente ignoraram sua existência!

Qual a utilidade prática de se escrever em uma língua desconhecida dizendo que o rei perderia seu reino, se mais tarde, não muito tempo depois, alguém decifraria essas palavras? Não seria mais fácil ter dito de imediato na língua dos babilônios?

Creio que o mais inteligente seria saber de quem eram aqueles dedos que escreviam na parede. O fato mais assustador estava naquela aparição e não necessariamente naquilo que fora escrito.

E quem cometeu mais pecado, aquele que destruiu o templo de Jerusalém e roubou os utensílios do deus hebreu e matou milhares de judeus, ou quem simplesmente pegou os utensílios já roubados e sem qualquer utilidade e os utilizou em uma festinha?

Quem praticou mais pecado Nabucodonosor que roubou os utensílios sagrados de Jeová e matou os judeus aos milhares, ou Belsazar?

Quem praticou mais pecado os judeus e os romanos que entregaram Jesus a crucificação ou Belsazar?

Quem era mais valioso os utensílios ditos sagrados ou o próprio filho do deus que se considera altíssimo?

Se era seu filho, Jesus, então por que o deus judeu não agiu com tamanha fúria tal qual agiu no caso de Belsazar, quando seu filho foi brutalmente assassinado pelos romanos e judeus?

É comum, nos relatos bíblicos as pessoas não se darem conta dos absurdos em sua volta. Por exemplo, Eva ao ser interpelada por uma serpente não esboça o mínimo espanto em ver uma serpente falar. O caso da burra falante de Balaão, este também não esboça qualquer espanto ao ver seu animal falar, mas contrariando tudo que é de mais lógico, continuou em um diálogo com o animal como se fosse algo tão natural e comum conversar com burros. E por último, o caso de Belsazar, uma mão surge do nada e escreve em uma parede e ninguém se espanta com aquilo, mas apenas a preocupação maior era com o que a escrita significava.

Dá para dar credibilidade a um livro cujas estórias são claramente contos, fábulas?

Na Bíblia não há história e sim estórias, somente isso!

 

 

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