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“Ora, aconteceu que, estando os israelitas no deserto, encontraram um homem ajuntando lenha num dia de sábado. Os que o acharam apanhando lenha, levaram-no a Moisés e a Aarão, diante de toda a assembleia. Eles meteram-no em guarda, pois não estava ainda determinado o que se lhe devia fazer. O Senhor disse a Moisés: Que esse homem seja punido de morte, e a assembleia o apedreje fora do acampamento.
Levaram-no para fora do acampamento e toda a assembleia o apedrejou, e ele morreu, como o Senhor tinha ordenado a Moisés. Números 15:32-36
Esse relato é mais um daqueles que olhamos, olhamos e só vemos uma coisa: mentira!
Essa passagem remonta o tempo e que os hebreus estavam no deserto e por lá ficariam por longos 40 anos. Os hebreus no deserto não tinham água para beber e nem comida.
O conto bíblico diz que a água que conseguiam era por meio de provisão de Jeová que, de vez quando, fazia um milagre ou outro, fornecendo água de pedra, de ervas que eram jogadas em águas amargas que passavam a ficar boa para consumo.
“Eis que estarei ali diante de ti sobre a rocha em Horebe; ferirás a rocha, e dela sairá água, para que beba o povo. Assim fez Moisés à vista dos anciãos de Israel.” Êxodo 17:6
“Quando chegaram a Mara, não podiam beber as águas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou ao lugar Mara. Murmurou o povo contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber? Então clamou Moisés a Jeová; e Jeová mostrou-lhe uma árvore; Moisés lançou-a nas águas, e as águas tornaram-se doces. Ali deu-lhes um estatuto e uma ordenança, ali os provou,(...)” Êxodo15:23-25
A carne também era fornecida por milhares de codornas que caíam do céu a ponto de o chão ficar repletas delas, eram tantas codornas que atingia a altura de 90 cm do solo, quando considerando 4,5 cm como a medida de um covado.
“Um vento mandado pelo Senhor, vindo das bandas do mar, trouxe consigo codornizes, e derramou-as sobre o acampamento, numa extensão de cerca de um dia de caminho para ambos os lados em volta do acampamento; e cobriam o solo, cerca de dois côvados de alto sobre a superfície da terra.” Números 11:31
Quando não o chão ficava encoberto do maná(pão do céu). Tão ruim que, em algumas passagens, os hebreus aparecem chamando-o de pão desprezível, miserável, sem gosto e em outras dizem que seu sabor era similar ao de semente de coentro, Já em outras mencionam com sabor de mel. O que parece não ser verdade, já que os hebreus o menosprezavam!
“(...)e falou contra Deus e contra Moisés, dizendo: Por que vocês nos tiraram do Egito para morrermos no deserto? Não há pão! Não há água! E nós detestamos esta comida miserável!” Números 21:5
“Os israelitas deram a esse alimento o nome de maná. Assemelhava-se à semente de coentro: era branco e tinha o sabor de uma torta de mel.” Êxodo 16:31
“O maná era como semente de coentro e tinha aparência de resina.” Números 11: 7
As serpentes do deserto que eram venenosíssimas, matando em questões de minutos.
Sem falar que havia os ladrões e assassinos do deserto, que a Bíblia nem menciona, só para termos uma ideia de quão reais são seus contos.
Quer dizer, a vida dos hebreus no deserto não era muito fácil. Não era por nada que a todo momento, os encontramos se queixando e pedindo para voltar ao Egito, pois lá sua sorte era bem melhor que aquela. E de fato, pelo que os relatos bíblicos contam, era mesmo. Lá eles comiam peixes, melão, bebiam e outras regalias que só os escravos do Egito gozavam. Era uma outra vida que os hebreus levavam antes de Moisés vir com essa proposta de oferecer sacrifícios a um deus que ficou desaparecido por 400 anos.
“A população que estava no meio de Israel foi atacada por um desejo desordenado; e mesmo os israelitas recomeçaram a gemer: Quem nos dará carne para comer?, diziam eles. Lembramo-nos dos peixes que comíamos de graça no Egito, os pepinos, os melões, os alhos bravos, as cebolas e os alhos. Agora nossa alma está seca. Não há mais nada, e só vemos maná diante de nossos olhos.” Números 11:4-6
“Disseram-lhes: Oxalá tivéssemos sido mortos pela mão do Senhor no Egito, quando nos assentávamos diante das panelas de carne e tínhamos pão em abundância! Vós nos conduzistes a este deserto, para matardes de fome toda esta multidão.” Êxodo 16:3
Que vidão tinham os escravos hebreus, não é mesmo? Se a escravidão no Brasil tivesse sido assim, os negros e índios até hoje seriam escravos Ou se tivessem lhes contado que do outro lado do mundo havia um paraíso para escravos, eles não teriam formado quilombos por aqui, não!
Bom, para justificar que não estava sumido, Jeová diz que ele era aquele deus que costumava aparecer a Abrão, a Isaque e a Jacó, só que a estes ele só apareceu como deus todo-poderoso e outros cognomes, mas quanto a seu nome de verdade, só a eles isso estava acontecendo, pela primeira vez, depois de bilhões de incontáveis anos. Como se isso servisse de consolo para alguém que apanhava de chibatada e viu seus pais e filhos e esposa sendo mortos ao menor sinal de descontentamento de seus senhores egípcios. Apesar que pelo que vimos acima os hebreus viviam uma vida de reis e não de escravos! Risos!
Mas como deus é pai e não padastro, veja o que Jeová fez:
“Então o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que morderam e mataram muitos.” Números 21:6
Os hebreus aprenderam que quem com fogo fere, com ele será ferido; quem cutuca o cão com vara curta, já sabe no que dá e, a mais importante lição, que aprenderam, foi que Javé é um deus vingativo e raivoso!
E o pior que Jesus se comparou ao maná, um pão que não tinha gosto nenhum e desprezado pelos hebreus. Nesse sentir, acredito que Jesus desta vez acertou, pois os hebreus sequer o consideraram como messias, eles o rejeitaram da mesma forma que o maná.
Enfim, por que dissemos que a estória do apedrejamento do homem em pleno deserto é uma farsa das inúmeras que encontramos a cada página que passamos, quando lemos a Bíblia? Porque deserto não é floresta para que alguém saia num belo dia de sábado e vá procurar por lenha para fazer um belo de um jantar.
Os hebreus, como dissemos, não tinham nem o que comer ou beber, então pra que serviria lenha? Pelo menos, é isso que os escritores aparentemente querem nos dizem, em certas passagens.
Não tem sentido algum, uma pessoa procurar lenha naquela situação. Pra que serviria a lenha, mesmo que fosse possível encontrá-la, em pleno deserto? Por acaso ele faria um ensopado de maná? Por acaso esquentaria água (que não tinha) para fazer café ou alguma iguaria? Ou faria um belo jantar para ser sacrificado a Javé?
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