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EM SODOMA E GOMORRA SÓ HAVIA HOMOSSEXUAIS
O livro bíblico de Gênesis relata que essas duas cidades eram extremamente imorais.
Sodoma e Gomorra eram cidades cananeias.
Diz o relato bíblico que quando Abraão e Ló, seu sobrinho, vieram residir em terras cananeias, seus bens como gado e escravos teriam alcançado um número tão grande que se tornou impossível que ambos continuassem morando próximos um do outro, vez que as aquelas terras onde se encontravam teriam se tornado insuficientes para suportar tudo que eles tinham.
Diante desse impasse, decidem se afastar um do outro. Abraão vai para uma região distante das terras de Sodoma e Gomorra, já Ló prefere ficar nas terras próximas dessas cidades.
Com o tempo, segundo a Bíblia, Jeová fica sabendo, ninguém sabe por quem, que essas cidades havia se tornado muito imorais e pecadoras. O relato diz que Jeová decide descer para saber se isso é assim como lhe disseram.
Dessa forma, Jeová decide ver com seus próprios olhos se de fato essas cidades são tão promíscuas assim.
O texto diz que Javé desce por meio de 3 anjos que parecem representá-lo.
“Tendo ele levantado os olhos, olhou e eis que três homens estavam de pé em frente dele: quando os viu, correu da entrada da tenda para os receber, prostrou-se em terra” Gênesis 18:2
Antes de se dirigir às cidades, Jeová bate um papo com Abraão.
Abraão descobre porque os anjos estavam ali e então dialoga com Javé. Abraão pergunta-lhe se ele destruiria aquelas cidades se houvesse ali pessoas justas. Se houvesse 50, 45 … 10 pessoas justas, pergunta Abrão, se ele as destruiria, e em todos os números sugeridos de justos existentes ali por Abrão, Jeová diz que jamais as destruiria, se encontrasse esse número de justos.
Chegando à cidade, os anjos decidem ficar na praça, entretanto, Ló os convence a pernoitar em sua casa. Quando estavam para dormir, todos os homens dos mais jovens aos mais velhos, batem à porta de Ló querendo manter relações sexuais com os visitantes.
Ló, querendo proteger seus visitantes angélicos, oferece suas duas filhas virgens aos pervertidos sodomitas para que lhes façam todo tipo de imoralidades que desejarem.
Por fim, os anjos destroem as cidades com fogo e enxofre que caem do céu e Ló acaba indo morar numa caverna, onde depois de ser embriagado por suas filhas, mantém relações sexuais com elas, desse coito imoral e impróprio são gerados dois filhos que seriam os ancestrais dos povos Moabe e Amonitas. (Gênesis 18 e 19).
Essa estória é uma lenda!
Tem todos os traços típicos de uma.
A estória de Ló tem um único objetivo quando foi elaborado por um de seus escritores. Sim, falo em escritores porque as diferentes estórias da Bíblia têm diversos escritores. O Gênesis e demais livros bíblicos não têm um só autor, mas vários.
Esse escritor simplesmente queria ou tentou mostrar a origem de dois povos inimigos de Israel. Essa estória é contada por alguém que vivia numa época em que Moabe e Amon eram povos inimigos do povo de Israel, assim procurou dar-lhe uma origem não digna.
Notem que todos os povos inimigos de Israel são sempre retratados como imorais, cruéis e adoradores de deuses falsos.
Motivos pelos quais essa estória é de fato uma lenda:
Inicialmente nos é apresentado 3 anjos;
Mas quando eles vão para casa de Ló, só há agora 2, o outro desaparece sem que nem pra que, ou seja, o escritor não é mais o mesmo que começou a estória com os 3 anjos;
Como foi possível manter as filhas de Ló virgens numa cidade tão depravada assim? Isso seria impossível;
Embora, o escritor diga que a cidade seja depravada ao extremo, vemos que isso não é verdade. As filhas de Ló tinha até noivos entre aquelas pessoas e os anjos pedem que Ló os chamem para que se salvem, logo nem todas as pessoas eram imorais, já que os anjos não chamariam imorais para que fossem salvos;
Ló só foi para Sodoma e Gomorra porque era um homem muito rico com muitos bens e escravos, porém nessa passagem, ele só tem suas filhas e os seus genros, onde foram parar os gados e escravos os quais lhe pertenciam?
Se os noivos das filhas de Ló foram considerados justos pelos anjos, então seus pais e outros parentes também não eram imorais, já que não tem sentido imaginar que seus parentes estavam entre aqueles que queriam arrombar a casa de Ló para estuprar os anjos;
E se havia Ló, esposa, genros, servos de Ló e os parentes dos genros de Ló, então Jeová mentiu, pois ele disse que se houvesse pelo menos 10 pessoas justas, as cidades não seriam destruídas. Javé havia condicionado a destruição das cidades à existência de pelo menos 10 justos;
Assim como Ló que tinham filhas, é inconcebível imaginar que seus servos não tivessem os seus;
E as mulheres e bebês que ficaram em suas casas? Elas mereciam morrer? O que elas fizeram? Pelo texto, os imorais eram os homens;
Como é que Abraão e Ló conseguiram saber que aqueles homens eram anjos, se eles não tinham nada que os identificasse como sendo anjos? Eles aparentavam ser homens comuns, tanto que os habitantes das cidades queriam manter relações imorais com eles.
Portanto, é evidente que estamos diante de um relato completamente contraditório que o coloca no mesmo grupo de outras lendas que encontramos aqui na Bíblia.
Era impossível que numa enorme cidade houvesse só homossexuais ou bissexuais. Não tem sentido algum, imaginar uma loucura dessa!
Vale ressaltar que a mulher de Ló morre sem razão de ser, não tem nada que ver de ela virar uma estátua de sal, porque virou para olhar o que acontecia.
Sua morte e a dos genros de Ló serviram para criar o pretexto de Ló ter que manter relações sexuais com suas filhas, se eles ficassem vivos no conto, não tinha como o escritor criar a origem dos povos moabitas e amonitas.
A estória é tão mal feita que o escritor esqueceu que os povos cananeus deveriam ser todos adoradores de ídolos, os únicos que supostamente deveriam conhecer a esse deus dos hebreus eram Abraão e Ló, porém, Ló vai avisar aos seus genros que Jeová destruirá a cidade como se esses conhecessem a Javé e tivesse alguma devoção ao deus dos hebreus.
Os números de pessoas que poderiam ser justas em Sodoma e Gomorra sugeridos por Abraão demonstram que nem ele e nem Jeová sabiam quantas pessoas justas há lá.
A cada número sugerido por Abraão, o deus hebreu concorda como se ele não soubesse de nada. Por sua vez, Abraão se comporta como se esse deus não fosse onisciente ou não soubesse das coisas que acontecem em Sodoma e Gomorra.
Como um deus desse pode se dizer onisciente, se fatos triviais não estão a seu alcance?
O deus hebreu se comporta como mero homem!
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