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CHAPEUZINHO VERMELHO E A BÍBLIA
Quem não conhece esse clássico infantil?
Nesse conto infantil, um lobo tenta se passar pela avó de uma criança chamada de Chapeuzinho Vermelho. No longo diálogo que ocorre entre o lobo e a menina, esta não se dá conta de que quem estava, na verdade, conversando com ela, não era sua avó, mas sim, o lobo mau.
Se contarmos hoje esse conto a uma criança entre 05 e 10 anos, certamente, ela notará que nessa estorinha há várias coisas estranhas. Essa criança dirá que essa estória é uma mentira e suscitará vários porquês!
A criança de imediato perceberá que animais como lobos não falam. Notará também que por mais que o disfarce do lobo tenha sido bom, não tinha como ele se passar por uma pessoa, devido a suas características físicas.
Um matuto da roça, se ouvir a estorinha de Chapeuzinho Vermelho também, saberá que esse conto não pode ser verdade. Ele dirá que é uma estória de trancoso.
Pois bem, a Bíblia está cheia de estórias desse tipo.
As crianças do passado por serem muito tolas ouviam esses contos infantis e ficam maravilhadas, mas as de hoje são bem mais inteligentes que aquelas do passado.
Só crianças tolas que vão acreditar em estórias com esse tipo de enredo.
A estória de Adão e Eva é um bom exemplo de narrativas como as de Chapeuzinho Vermelho. Na estória do Gênesis, uma serpente aparece em meio a árvores e fica dialogando e apresentando argumentos a uma mulher que, segundo o próprio conto, teria sido criada à imagem e à semelhança do ser mais poderoso e mais inteligente do universo.
Essa mulher que se supõe ser muito inteligente, já que era o perfeito reflexo do seu criador, não se dá conta de que serpentes não podem falar.
A mulher não esboça nenhum espanto em ver uma serpente falando como se gente fosse. A mulher Eva se comporta como Chapeuzinho Vermelho, uma criança tola!
Depois de convencer a mulher, esta também convence seu marido Adão com os mesmos argumentos apresentados pela serpente.
O homem não questiona sua mulher se aquilo era possível, vez que serpentes não falam. E Adão deveria saber muito bem disso, primeiro porque ele é um homem muito inteligente, pois foi feito também a imagem de seu deus; segundo, porque ele teria dado nomes aos animais e não viu, naquela ocasião, serpentes falando ou questionando por que Adão havia dado o nome de serpente a elas.
O crente poderá dizer que quem falou não foi a serpente, mas o Diabo, que como o lobo se disfarçou ou se passou por uma serpente.
Porém, não importa por ora, quem de fato falou ou quem fingiu ser a serpente, a questão é que uma mulher perfeita e dotada da capacidade de pensar, achava que estava conversando com um animal.
Em nenhum momento, a mulher esboça dúvidas quanto à possibilidade de um animal estar falando.(Gênesis 3)
O absurdo que coloca essa estória bíblica entre o rol das inúmeras lendas existentes se assenta nesse fato. Uma pessoa imaginar que um animal fala e consegue produzir argumentos!
Uma outra passagem que segue a mesma linha é a de Balaão e sua burra.
A Bíblia relata que um anjo de Javé aparece no meio da estrada em que Balaão segue montado em sua burra.
Balaão não consegue ver esse anjo segurando uma espada com a qual pretende ceifar sua vida, porém, sua burra, de acordo com a narrativa bíblica, tem os olhos abertos pelo anjo de Javé e consegue vê-lo. A burra desesperada em querer salvar a vida de seu amo Balaão, procura se desviar por três vezes da estrada onde se encontra o anjo que fora enviado para matá-lo.
Balaão por não saber do que estar acontecendo, resolve espancar sua burra nessas três vezes que ela se desvia do caminho.
Na última vez em que a burra se desvia do caminho, o anjo de Jeová abre a boca da burra e permite-lhe falar.
Com a recém capacidade de falar adquirida milagrosamente, a burra passa a questionar Balaão pelas três vezes que ele lhe castigou.
Em resposta às indagações da burra, Balaão entra num diálogo com seu animal como se este fosse uma pessoa qualquer.
Balaão não se dá conta de que burros não falam!
Os crentes também apresentam uma desculpa para esse absurdo bíblico, mas sem sucesso. Os judeus são mais espertos e consideram esses contos não como histórias, mas como meras alegorias.
A estória de Balaão como a de Adão e Eva são similares à de Chapeuzinho Vermelho. Em todas elas, as pessoas pensantes se comportam como fossem alheias à realidade. Não se dão conta de que esses animais jamais poderiam falar.
As pessoas nos contos acreditam que é normal animais baterem papo.
Percebemos, portanto, que, as estórias da Bíblia não podem ser levadas a sério como alguns as levam.
Se as estórias de Adão e Eva estivessem fora da Bíblia e a nós nos fossem contadas no tempo de nossa infância, hoje, com certeza, estaríamos olhando para elas da mesma forma que olhamos o conto de Chapeuzinho Vermelho.
Só tolos olham para esses contos e acreditam que eles sejam possíveis. Os que pensam que a Bíblia e seus contos lendários possam ser reais, são simplesmente pessoas adultas que se comportam como crianças tolas e incapazes de diferenciar a realidade da fantasia, são crianças similares a Chapeuzinho Vermelho e as nossas bobas e tolas crianças do passado.
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