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Êxodo realidade ou ficção

Êxodo realidade ou ficção

 

                                                                                    Êxodo

 

A estória do êxodo dos hebreus talvez seja a mais conhecida e a mais fascinante das que podemos encontrar nas páginas da Bíblia. O termo êxodo significa saída, e foi justamente isso que, segundo a narrativa bíblica, aconteceu. Depois de 400(430?) anos desde que entraram no Egito, na época de José, filho de Jacó, um dos patriarcas bíblicos, os hebreus passaram a maior parte de todo esse tempo como escravos ali.

A Bíblia relata que depois que José morreu, sendo este governador, a segunda posição mais elevada, depois da de Faraó, no Egito; ascendeu ao poder um outro Faraó que não conhecia os feitos e nem a pessoa de José, assim, em virtude de os filhos de Israel ou hebreus serem muitos em número, este novo governante passou a escravizá-los com receio de que estes, algum dia, pudessem se unir aos seus inimigos, em uma guerra.

Foram setenta almas ou pessoas que adentraram no Egito e de lá saíram mais de um milhão. Um número absurdamente enorme! Só para se ter uma pequena ideia desse número, Roma, em todo o seu apogeu, nunca teve uma quantidade dessas de escravos e nem sua população era tão grande assim. Mesmo os egípcios, sendo senhores e detentores das armas, jamais teriam condições de sobrepujar uma multidão dessas. E se pergunte, como alimentar uma população de escravos dessa e a população egípcia?

Na realidade, tudo que é contado, nesse livro bíblico, é exageradamente aumentado.

Vamos analisar as principais passagens desse livro e vermos o quanto de verdade há em suas páginas.

A origem da principal personagem dessa odisseia bíblica é suspeita e envolta de muitos questionamentos. Até hoje não se pode afirmar, com plena certeza, que Moisés tenha existido de fato. Entre as maiores autoridades em História antiga permanece essa incerteza.

A estória de Moisés se parece muito com uma outra bem mais antiga que a dele, a de Sargão de Acádia.

Vejam o que diz um trecho de fragmento de uma tabuleta datada do século VII. a.C.

Minha mãe foi uma alta sacerdotisa, meu pai eu não conheci. Os irmãos de meus pais amavam as montanhas. Minha cidade é Azupiranu, que se situa às margens do Eufrates. Minha mãe, alta sacerdotisa, me concebeu, em segredo me pariu. Colocou-me numa cesta de juncos, e selou-o com betume. Colocou-me no rio, que se elevou sobre mim, e me carregou a Akki, o carregador de água. Akki, o carregador de água, me aceitou como seu filho e me criou. Akki, o carregador de água, me nomeou como seu jardineiro. Enquanto eu era um jardineiro, Istar me concedeu seu amor, e por quatro e [...] anos eu exerci o reinado.”

Notaram a estrita semelhança entre as estórias?

Muitos afirmam que a estória de Moisés não passa de um plágio da de Sargão. E não há como negar a semelhança e não chegar a esta conclusão.

Em defessa da fé e da veracidade da Bíblia, os crentes(católicos, judeus e protestantes) negam as evidências. Argumentam que a estória do livro do Êxodo seria bem mais antiga, o êxodo teria sido registado por volta dos anos de 1.400 a.C., enquanto que a do rei acádio, Sargão, viria de tabuletas datadas do século VII ou VIII. a.C., portanto, segundo eles, a estória de Sargão é que teria sido um plágio e não a de Moisés.

Agora, será que eles têm razão em afirmar isso?

As evidências dizem que não! Por quê? Porque a estória lenda de Sargão, esquecem eles, é datada de mais de 2.200 a.C., ou seja, muito bem mais antiga que a do próprio Êxodo bíblico. Um outro detalhe que lhes escapam é que a própria Bíblia revela de onde vieram os hebreus.

Os hebreus vieram justamente das terras desse rei acadiano, a acádia nada mais era que uma parte da mesopotâmia, local onde ficava Ur dos caldeus, a cidade natal de Abraão.

Portanto, as lendas e estórias do rei acadiano e suas origens estavam nas mentes e no cotidiano desses assim chamados futuros hebreus, quando saíram de Ur e se instalaram em Canaã. Mais tarde, eles simplesmente modificaram a estória de Sargão e introduziram o personagem fictício chamado Moisés.

Um outro fato interessante, a pouco tempo descoberto, é que o nome Moisés que é egípcio, pois fora dado pela própria filha de Faraó, revela algo muito estranho. Durante os anos de 1.500 a.C., em diante, virou costume entre os nobres egípcios, em especial, os da família real, relacionarem seus nomes aos de seus deuses. Por exemplo, RAMSÉS, significa filho de Rá( deus sol), a terminação “ses” quer dizer “filho de”, porém no nome do imaginário Moisés não aparece essa relação. O que levou a crê que o nome não passa de um pseudônimo. O significado que é dado no texto bíblico de que o nome significa tirado das águas, não é real.

Poderia alguém dizer: a explicação é que Moisés não era filho legítimo da filha de Faraó, daí o motivo. A justificativa seria até excelente, se não fosse pelo fato de que quem deu o nome foi a filha de um egípcio e não a de um hebreu. Além do mais, segundo a Bíblia, Moisés foi criado como filho da filha de Faraó, o que levantaria suspeita se seu nome não seguisse o mesmo padrão dos demais. A realidade é, que, quem escreveu o Êxodo foi um hebreu que não queria atrelar o nome de seu principal personagem a um dos deuses egípcios, por isso, ele deixou apenas a terminação “sés” para dar ares de um nome egípcio a seus leitores.

E, não param por aqui as semelhanças entre as estórias da Bíblia com as muitas contadas antes mesmo dela ter sido escrita. Só para mencionar, temos a arca de Noé.

Atualmente, o fato mais intrigante, que coloca a estória do êxodo como pura ficção, é que há historiadores dizendo que os hebreus, se ,por ventura, estiveram no Egito, nunca teriam sido escravizados em massa para que trabalhassem na construção de obras e pirâmides egípcias. Dizem eles que os trabalhadores que as construíram, eram homens livres e assalariados, ou seja, recebiam por aquilo que executavam.

 

Vejam o que diz Êxodo 2:9 “A filha de Faraó disse-lhe então: “Leve este menino com você e amamente-o para mim, e eu lhe pagarei.” Então a mulher levou o menino e o amamentou.”

 

Essa é a fala da filha de Faraó à mãe de Moisés, perceberam algo estranho nesse diálogo?

O estranho é que a filha do rei do Egito pagaria pelos serviços de um de seus escravos hebreus! Tem sentido isso?

Escravos nunca recebiam por aquilo que eram obrigados a fazer em benefício de seus donos ou amos. Esse trecho só prova o que está sendo dito agora pelos historiadores de que os hebreus nunca foram escravizados pelos egípcios, pelo menos, todos eles. Teriam sido eles trabalhadores que recebiam salários!

Voltando para narrativa bíblica, o que nos chama a atenção também é que o rio Nilo, por certo, naquela época, deveria ser infestado de crocodilos e outras feras do pântano, porém, uma menina coloca em um cesto um bebê em pranto e o segue rio abaixo sem com nada se preocupar. O que você acha disso? Não lhe parece que essa estória não é um tanto exagerada, para não dizer suspeita, fictícia?

Moisés como filho da filha de Faraó deveria ser muito respeitado, já que era tido como um príncipe egípcio e como tal era senhor dos hebreus.

Mas ele saiu no dia seguinte e viu dois hebreus brigando. De modo que disse ao que estava errado: “Por que você está espancando o seu irmão?”Ele respondeu: “Quem o designou príncipe e juiz sobre nós? Você pretende me matar assim como matou o egípcio?” Então Moisés ficou com medo e disse: “Certamente o que eu fiz foi descoberto!” Êxodo 2:13,14.

 

Como um escravo hebreu poderia se dirigir a um príncipe egípcio dessa maneira? Moisés era juiz e príncipe sobre eles, não tem sentido a ousadia com que esse escravo hebreu lhe respondeu.

Afinal de contas, quem acreditaria na acusação de um escravo hebreu contra as afirmações de um príncipe egípcio?

Vale a pena trazer um outro detalhe: como foi possível Moisés se passar por um egípcio quando bebê?

Sabemos hoje que os egípcios, em sua grande maioria, eram de pele escura. Os atuais egípcios não são brancos ou de pele clara.

Com isso, só podemos concluir que os hebreus antigos eram de pele escura e não como os livros e revistas de crentes os representam. Porque senão, na estória fictícia do Êxodo, ele não conseguiria se passar por um egípcio se tivesse cor clara.

A própria Bíblia prova que havia traços físicos que identificavam de pronto uma criança hebreia de uma egípcia. Veja:

A filha de Faraó desceu para se banhar no Nilo enquanto suas criadas estavam andando à margem do Nilo. Ela viu então o cesto no meio dos juncos e imediatamente enviou a sua escrava para apanhá-lo. Quando ela o abriu, viu o menino, e o menino estava chorando. Ela teve pena dele, mas disse: “Este é um dos meninos hebreus.” Êxodo 2:5-6

A filha do Faraó de imediato conseguiu perceber que aquela criança não era egípcia, mas hebreia. Com certeza, por causa das características físicas e vestuário da criança.

No entanto, o conto diz que Moisés foi criado sem qualquer embaraço como um verdadeiro egípcio.

Só nesse conto bíblico que escravos saem a hora que querem de suas afazeres, os quais estão obrigados e vão aonde quiserem sem serem importunados ou mesmo serem trazidos de volta à força de chibatadas e severos castigos.

 

Então Jeová disse a Arão: “Vá ao deserto para se encontrar com Moisés.”Assim, ele foi e o encontrou junto ao monte do verdadeiro Deus, e o cumprimentou com um beijo. E Moisés contou a Arão todas as palavras de Jeová, que o tinha enviado, e também lhe falou de todos os sinais que Ele lhe havia mandado realizar. Êxodo 4:27-28

 

Que liberdade é essa que Arão, um escravo hebreu, tinha de abandonar seus trabalhos forçados e ir em busca de seu irmão foragido?

 

Darei a este povo favor aos olhos dos egípcios; e, quando vocês partirem, de modo algum irão de mãos vazias. Cada mulher deve pedir artigos de prata e de ouro, bem como roupas à sua vizinha e à mulher que estiver hospedada em sua casa; vocês os porão em seus filhos e em suas filhas, e despojarão os egípcios.” Êxodo 3:21-22

 

No fragmento acima, fica subentendido que as hebreias tinham até hóspedes em suas casas, imagine só que absurdo!

Com medo de ser morto pelo Faraó, Moisés foge para a terra de Midiã, onde lá se casa com uma das filhas de Jetro, sacerdote de Midiã. Um certo dia, enquanto pastoreia as ovelhas de seu sogro, Jetro, Moisés observa ao longe um arbusto espinhoso se queimar, porém, o fogo não o consumia, curioso, decide se aproximar para ver o porquê de isso acontecer.

 

Moisés se tornou pastor do rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Midiã. Quando ele estava conduzindo o rebanho para o lado oeste do deserto, chegou a Horebe, o monte do verdadeiro Deus. Então o anjo de Jeová lhe apareceu numa chama de fogo no meio de um espinheiro. Moisés olhou para o espinheiro e viu que ele estava em chamas, mas não se consumia. Por isso, Moisés disse: “Vou chegar perto para examinar esta vista incomum e descobrir por que o espinheiro não se queima.” Êxodo 3:1-3

 

O grande questionamento a ser feito é: Como um hebreu com mais de 40 anos de idade, pastoreando rebanhos no sopé de um monte, conseguiu enxergar, em algum lugar do alto monte, esse arbusto pegando fogo e pior, perceber a essa distância que a árvore não era consumida?

Você já se perguntou por que Jeová, o deus dos hebreus, apareceu justamente em um monte para Moisés?

Pois bem, esse motivo se deu porque era costume dos povos primitivos, assim como os hebreus, idealizarem a morada de seus deuses em algum lugar muito elevado e acima dos homens, ou seja, a morada dos deuses sempre era um monte ou montanha, ou o próprio céu.

O monte Olimpo, por exemplo, era a morada sagrada dos deuses gregos como Zeus, Afrodite, Apolo e outros. Na mitologia japonesa, havia deuses que habitavam as montanhas. Os indígenas nas Américas também assim acreditavam. O sagrado e o santo sempre estavam nesses lugares, imaginavam esses e tantos outros povos.

Em conversa com o verdadeiro Deus, Moisés questiona como é que os hebreus saberiam que ele era seu enviado e como ele deveria o identificar perante eles, Jeová diz o seguinte:”Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar. ”E acrescentou: “Isto é o que você deve dizer aos israelitas: ‘“Eu Me Tornarei” me enviou a vocês.’” Então Deus disse mais uma vez a Moisés: “Isto é o que você deve dizer aos israelitas: ‘Jeová, o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó me enviou a vocês.’ Esse é o meu nome para sempre, e é assim que serei lembrado de geração em geração.” Êxodo 3:14,15; TNM

Vale ressaltar aqui que essa tradução bíblica busca dissociar essa passagem com a do evangelista, João, onde Jesus se refere a si como sendo o “Eu sou” da passagem de Êxodo. Em traduções mais antigas, bem como em versões anteriores da TNM(Tradução do Mundo) de 2015, as referências ao “EU SOU” são idênticas. O que acontece é que esses versículos se tornavam complicados para as testemunhas de Jeová desmentirem o ensino da trindade aqueles que o defendiam. As explicações eram inúmeras para tentar convencer um outro protestante do contrário. Assim, nessa nova tradução que não tem nada de boa intencionada, modificaram o texto, e não mais falam em “EU SOU”, mas agora a “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”. Coisa de religião tentando defender seu ponto de vista sobre determinado ensino, todas elas sempre fizeram e fazem até hoje isso. Como já falei em artigos anteriores, continuarei a repeti-lo aqui. Sempre desconfie quando uma organização religiosa fala que vai atualizar a Bíblia para uma linguagem mais clara e entendível. O objetivo, em sua grande maioria, não é esse, mas sim, esconder algum texto que deixa essa ou aquela religião em situação embaraçosa.

Mas voltemos ao Êxodo. Pois bem, Jeová diz que, a partir daquele momento em diante, seu nome seria este por toda geração. Mas esse nome já aparece em passagens anteriores a essa, portanto, não é novidade o nome Jeová. Os hebreus já o conheciam!

Agora, a grande sacada aqui é que o nome Jeová passou a ser utilizado com maior destaque pelos escritores do Êxodo. O pentateuco não foi escrito por Moisés, mas por diversos escritores, daí a razão de vermos, em certas estórias, o escritor se referindo a Jeová, e em outras, apenas a Elohim, Adonai, ou Deus. É só lermos com mais cautela essas estórias para notarmos isso. Por exemplo, Jacó o chamava por algo(façanha) que havia feito, Isaque a mesma coisa, Abraão também. Jeová, o IHVH se tornou popular muito tempo depois, lá por volta dos anos 700 a.C., quando, provavelmente, os escritores de Êxodo catalogaram os diversos contos que se encontravam no imaginário do povo, mesclando elementos e algumas personagens reais às suas invenções. Ele juntou contos existentes do imaginário popular e formou a estória do êxodo.

 

A seguir Deus disse a Moisés: “Eu sou Jeová. Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso, mas com respeito ao meu nome, Jeová, não me dei a conhecer a eles.” Êxodo 6:3

 

Eis aí acima o fragmento que revela que o mome Jeová aparece tempos depois, antes ele não era conhecido, suas aparições em passagens anteriores a essa do Êxodo se justifica pelo fato desse conto ser uma mesclagem de diversos contos populares anteriores que serviram de pano de fundo ao definitivo, o qual conhecemos hoje.

 

Um deus que se esquece de seu povo por mais de 400 anos, deixando-o sob a condição de escravo, não poderia ser levado muito a sério, assim, os próprios faraós e os hebreus não deram ouvidos a Moisés, quando este supostamnete apareceu dizendo que o representava. E mais, o que foi que Jeová dentro desses 400 anos fez por eles de concreto? Nada! Nem a promessa que havia feito a Abrão e, depois a Isaque e mais tarde também aos descendentes deste, Jeová havia cumprido. De fato, não dava pra acreditar em um deus faz de conta desse. Depois desse tempo todo, ele diz que agora estava vendo o sofrimento que os egípcios estavam impondo ao seu querido povo.

O que será que Jeová estava fazendo durante esse tempo para esquecer de seu povo escolhido e santo? Que assuntos tão urgentes lhe haviam tirado a atenção?

O quanto de hebreu já teria morrido na esperança de um dia ser livre? O quanto de hebreu passou horas orando ao deus da Bíblia e nada de suas orações serem atendidas?

Por situação muito parecida passam as pessoas de nosso tempo que ficam horas e horas de joelhos, orando por essa divindade e nada de lhes responder, e quando depois de anos algo acontece, elas dizem foi obra de Deus, ele respondeu às minhas orações! Será?

É óbvio que depois de tanto tempo esperando por algo, se você não morrer antes, algo poderá realmente acontecer!

Em verdade, esse desaparecimento de Jeová, por todo esse tempo, nos mostra o momento que ele se revela aos hebreus, depois de 430(400) anos de afastamento. É nessa época que ele se revela como o Elohim verdadeiro.

O que quero dizer é que os escritores do pentateuco introduz Jeová em seus contos a partir do conto do Êxodo, anteriormente, os hebreus, os grandes patriarcas apenas ouviram falar de diversos Elohim entre os quais El Sahaday, El Elyon, Adonay e outros.

Pela segunda vez, o verdadeiro Deus conta de suas mentiras, pois é, a primeira mentira do Deus da Bíblia foi contada por ele lá no Jardim do Éden. Vejam que ele manda Moisés contar uma mentirinha para o Faraó. Eis a mentira: “Eles certamente escutarão a sua voz; você irá ao rei do Egito junto com os anciãos de Israel. E vocês devem lhe dizer: ‘Jeová, o Deus dos hebreus, falou conosco. Portanto, por favor, permita que façamos uma viagem de três dias pelo deserto para que possamos oferecer sacrifícios a Jeová, nosso Deus. “ Êxodo 3:18

Jeová já havia dito antes que libertaria os hebreus e os introduziria em Canaã, a terra que ele, sem sucesso, já havia prometido como herança a Abraão, Isaque e Jacó. Nenhum desses, coitados, obtiveram o cumprimento em vida das promessas vãs de Jeová; no entanto, Ele usa de ardil, mandando que Moisés diga a Faraó que é só uma saidinha de 3 dias, para oferecer sacrifícios. E isso é uma mentira!

Jeová é um deus como os demais deuses, não tem nada de especial. Um mentiroso é isso o que Ele é! Primeiro, ele havia dito que libertaria os hebreus do cativeiro egípcio, mas agora ele quer que antes Moisés e os anciãos do povo hebreu se dirijam até o Faraó e diga-lhe que eles irão, por apenas 3 dias ao deserto, oferecer-lhe sacrifícios, e isso é uma mentira como já dito, ou seja, Jeová está com medo da reação de Faraó, quando este soubesse da real intenção de Moisés. Notamos também aqui como Jeová é de todo igual aos deuses que Ele chama de falsos. Ele vive pedindo sacrifícios da mesma forma que os deuses falsos faziam. Sacrifícios esses que eram apenas para satisfazer e saciar a fome do verdadeiro Deus por eles, não tinham nada a ver com expiar pecados herdados de Adão e Eva como muitas vezes nos ensinaram e nos é contado até hoje. Não, não tinha nada a ver com isso! Os sacrifícios eram apenas para seu deleite. Você pode varrer as páginas do antigo testamento e não vai encontrar uma só vírgula ensinando que aqueles sacrifícios pedidos por Jeová tinha esse propósito. Essa interpretação de sacrifícios com essa finalidade foi inventada pelos escritores do novo testamento, para introduzir a figura do Messias, redentor de pecados. É somente lá, encontrará essa explicação esdrúxula para justificar a fome insaciável de Jeová por sacrifícios. Jeová era um deus tribal e não poderia ser diferente seu comportamento quanto a sacrifícios.

Notem que Jeová manda Moisés e um monte de anciãos pedirem a Faraó para permitir sua ida ao deserto a fim de oferecer os seus sacrifícios. Só que o escritor esqueceu que Moisés não era mais príncipe e sim um foragido assassino.

Não tem sentido, agora Moisés e esses velhos adentrarem no palácio de Faraó e se apresentarem como se fossem homens livres, já que o texto bíblico diz supostamente que eles eram escravos. Contudo, já vimos que eles não eram escravos, porque há trechos que desmentem essa condição dos hebreus. O escritor de Êxodo criou essa estória em cima de outras que havia, por isso essa confusão. Pelo que tudo indica, havia no imaginário popular relatos que diziam ter sido os hebreus escravos, enquanto em outros, não.

E o mais ridículo de tudo isso é que Jeová usando de sua falsa onisciência, sabe que Faraó não mandará o povo ir oferecer sacrifícios por três dias no deserto, contudo, manda assim mesmo, e o pior é que Moisés ainda vai, já sabendo qual seria a reação do rei.

Observem que Jeová sabe que Faraó não mandará o povo ir, mas não sabe se o povo vai crer de fato em Moisés como seu enviado. Vejam: “E acontecerá que, se eles não te crerem, nem ouvirem a voz do primeiro sinal, crerão à voz do derradeiro sinal;
E se acontecer que ainda não creiam a estes dois sinais, nem ouvirem a tua voz, tomarás das águas do rio, e as derramarás na terra seca; e as águas, que tomarás do rio, tornar-se-ão em sangue sobre a terra seca.”
Êxodo 4:8,9
Jeová liga e desliga sua onisciência quando quer, não é algo, vamos dizer assim, nato.

Em verdade, o escritor hebreu para não deixar transparecer que seu deus Jeová não sabia o que aconteceria, todas as vezes que Moisés realizasse os milagres e esperasse por uma resposta de Faraó, se este deixaria ou não Israel partir, então acrescentou a seu texto a loucura em dizer que Jeová endureceria o coração de Faraó. Assim, Jeová sai, aparentemente, bem na fita, ou melhor, nessa fábula.

Quanto às credenciais que identificariam Moisés como representante do deus da montanha, elas são ridículas. Transformar vara em cobra, fazer a mão ficar branca como que se estivesse com lepra, eram truques que todo mágico fuleiro daqueles tempos conseguia fazer. É tanto que o próprio relato afirma que os feiticeiros de Faraó o fizeram. Se você vasculhar em livros de História, verá que foram muitos os bruxos e feiticeiros que faziam grandes feitos. São simplesmente medíocres as credenciais dadas a Moisés. O deus que se diz fazedor do céu e da terra, deveria ser capaz de fazer coisas espetaculares que ninguém mais pudesse fazer, algo tão espantoso que de primeira convenceria o rei de mandar aquele povo embora.

E olha o que o grande, justo e honrado Jeová fará: “Porque cada mulher pedirá à sua vizinha e à sua hóspeda jóias de prata, e jóias de ouro, e vestes, as quais poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas; e despojareis os egípcios.” Êxodo 3:22
Jeová diz que despojará os egípcios, você sabe o que é despojar alguém? Despojo era quando, em guerra, um povo tomava tudo que o outro tinha, não lhe deixando nada. Como aconteceu com Abraão, Isaque e Jacó, Jeová de novo enriquece seu povo por meio de roubo, arrancando aquilo que pertence a outros. É o deus que não tem escrúpulo agindo sorrateiramente.

E o mais revelador! Jeová confessa que é ele o responsável por tudo que é de doença ou má formação que a pessoa possa vir a ter ao nascer.

 

E disse-lhe o Senhor: Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor?” Êxodo 4:11

 

De fato, para os hebreus o grande criador, Jeová, é o causador tanto do bem quanto do mal, isto está muito bem assentado em Isaías 45:7, onde ele diz que cria a luz e a escuridão, a paz e a guerra, o mal e o bem!

Os povos antigos costumavam oferecer sacrifícios a suas divindades por que temiam ser castigados ou mesmo não verem suas preces atendidas por elas. Esse era o principal motivo dos inúmeros sacrifícios.

Os hebreus também pensavam assim, ofereciam seus sacrifícios com esses mesmos objetivos. Temiam que, sua divindade, Jeová não mais lhes atendesse ou que lhes causasse o mal.

Vejam o que é dito: “E eles disseram: O Deus dos hebreus nos encontrou; portanto deixa-nos agora ir caminho de três dias ao deserto, para que ofereçamos sacrifícios ao SENHOR nosso Deus, e ele não venha sobre nós com pestilência ou com espada.” Êxodo 5:3

 

                                                                     As Dez Pragas

 

Porque se recusares deixá-los ir, e ainda por força os detiveres,
Eis que a mão do Senhor será sobre teu gado, que está no campo, sobre os cavalos, sobre os jumentos, sobre os camelos, sobre os bois, e sobre as ovelhas, com pestilência gravíssima. E o Senhor fará separação entre o gado dos israelitas e o gado dos egípcios, para que nada morra de tudo o que for dos filhos de Israel.
E o Senhor assinalou certo tempo, dizendo: Amanhã fará o Senhor esta coisa na terra. E o Senhor fez isso no dia seguinte, e todo o gado dos egípcios morreu; porém do gado dos filhos de Israel não morreu nenhum.”
Êxodo 9:2-6

Notem que Jeová disse que todo o gado dos egípcios que estivessem no campo morreria e só o gado de Israel ficaria vivo. Primeiro, o que há de mais estranho é que os supostos escravos israelitas possuam bens como gado(bois, ovelhas e outros). Segundo, pelos versículos acima, não sobraram nenhum gado dos egípcios, para contar essa estória, porém, como passe de mágica, os egípcios são novamente sentenciados a uma nova praga que consumiria seu gado. Só que não havia mais gado, o que nos faz perguntar de onde vieram esse gado dos egípcios, já que eles haviam sido exterminados pela praga anterior. E na última praga também se fala em primogênito dos animais dos egípcios.

 

Agora, pois, envia, recolhe o teu gado, e tudo o que tens no campo; todo o homem e animal, que for achado no campo, e não for recolhido à casa, a saraiva cairá sobre eles, e morrerão. Quem dos servos de Faraó temia a palavra do Senhor, fez fugir os seus servos e o seu gado para as casas; Mas aquele que não tinha considerado a palavra do Senhor deixou os seus servos e o seu gado no campo.” Êxodo 9:19-21


“E todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que haveria de assentar-se sobre o seu trono, até ao primogênito da serva que está detrás da mó, e todo o primogênito dos animais.”
Êxodo 11:5

 

Como poderia haver primogênitos dentre os animais, se todos haviam sido mortos em pragas anteriores do deus hebreu? Por acaso, foram poupados por Jeová os primogênitos desses animais?
Durante a décima praga, vemos o quanto Jeová é cruel, insensível e insensato. Sabemos que nessa fábula dos hebreus, o único que poderia ser culpado, seria o Faraó e se alguém tivesse que pagar que esse alguém fosse ele, porém, o deus dos hebreus não vê as coisas assim. Ele mata até o filho primogênito do prisoneiro e os filhotes dos animais que não tinham nada a ver com a rixa entre Jeová e Faraó.

A natureza bélica de jeová é surpreendente!

 

E aconteceu, à meia-noite, que o Senhor feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais.” Êxodo 12:29

 

Durante a perseguição de Faraó, que se arrepende de ter mandado Israel ir embora, vemos outro fato interessante, pra não se dizer, suspeito ou duvidoso.

Porque o Senhor endureceu o coração de Faraó, rei do Egito, para que perseguisse aos filhos de Israel; porém os filhos de Israel saíram com alta mão. E os egípcios perseguiram-nos, todos os cavalos e carros de Faraó, e os seus cavaleiros e o seu exército, e alcançaram-nos acampados junto ao mar, perto de Pi-Hairote, diante de Baal-Zefom.” Êxodo 14:8,9

 

Todos os animais, inclusive os cavalos dos egípcios, já haviam sido mortos nas pragas anteriores à décima; mas, novamente, aparecem mais de seiscentos cavalos, para a perseguição patrocinada por Faraó contra os hebreus em fuga.

O deus que é todo sábio, Javé, não poderia ter escolhido povo pior para ser seu, vejam o quanto os hebreus confiam em seu braço forte e fazedor de maravilhas nunca vistas por outros povos.

Os hebreus são obstinados em acreditar nos deuses estrangeiros e os outros povos são obstinados em não acreditar em Jeová. Não acha isso estranho?

Mas acho que os hebreus tinham razões mais que suficientes em se comportar dessa maneira, afinal, eles foram abandonados que nem cachorros, ou melhor, que nem escravos por quatrocentos anos, não dava para ter outra atitude diante das primeiras dificuldades que aparecessem. Se quando o Faraó começou dar uns apertos nos hebreus no Egito, Jeová desapareceu. Não seria de se espantar que ele agora fizesse diferente diante de toda a cavalaria de Faraó.

Um deus que teve medo de dizer de imediato que tinha a intenção de libertar seu povo do cativeiro ao opressor, o que mais poderia se esperar?

E aproximando Faraó, os filhos de Israel levantaram seus olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então os filhos de Israel clamaram ao Senhor.

E disseram a Moisés: Não havia sepulcros no Egito, para nos tirar de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos fizeste isto, fazendo-nos sair do Egito?
Não é esta a palavra que te falamos no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois que melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto.”
Êxodo 14:10-12

Quando, ainda, acreditava na Bíblia como sendo a sagrada palavra de Deus e lia essa e outras passagens que mostravam o quanto os hebreus eram teimosos, incrédulos e, como a própria Bíblia se refere a eles, um povo de dura cerviz, ficava triste em imaginar o quanto Deus se preocupava e cuidava deles e não via o retorno daquele povo. Hoje, contudo, agora sei porque o povo agia daquela forma, mesmo diante de tantos prodígios e obras aparentemente tão poderosas realizadas por Deus.

Tudo não passava de invenção, daí a inexplicável incredulidade do povo! Essa era a razão. Tudo não passava de estórias similares às que nos contavam nossos avós. Estórias de trancoso!

A maior prova de que essas estórias são mentiras, encontra-se nas igrejas protestantes e católicas, nelas, vemos o quanto o povo se apega a seu pastor ou padre, os segue aonde quer que eles vão, sem pestanejar e estão dispostos a fazer qualquer sacrifício por eles em nome de Deus. E eles sequer fazem o mínimo que Moisés fez. Quem hoje não se renderia às graças diante da aparição de um deus que se declarasse como sendo o único e verdadeiro Deus? Bastava somente um estrondoso grito audível que esse deus desse aos ouvidos dos mais descrentes homens para que estes o acreditassem.

Ah, antes da grande libertação dos hebreus, estes são obrigados a molhar as portas de suas casas com sangue de cordeiro ou de um cabrito a fim de o anjo destruidor, ou anjo da morte, passe por cima de suas casas e não lhes cause mal.


O animal deve ser sadio, macho de um ano. Podem escolher um carneirinho ou um cabrito. Ele será guardado até o dia 14 deste mês, e toda a congregação de Israel o abaterá entre o pôr do sol e a noite. Pegarão um pouco do sangue e o aspergirão nas laterais e na viga superior da entrada das casas em que o comerem.” Êxodo 12:5-7


Pois naquela noite passarei pela terra do Egito e matarei todo primogênito na terra do Egito, desde homens até animais; e executarei o julgamento contra todos os deuses do Egito. Eu sou Jeová. O sangue servirá de sinal para vocês nas casas em que estiverem; eu verei o sangue e passarei vocês por alto, e a praga não virá sobre vocês para destruí-los quando eu golpear a terra do Egito.” Êxodo 12:12-13

Entretanto, isso não tem sentido, sabe por quê?

Porque, segundo esse conto bíblico que não passa de mitologia, os hebreus não moravam com os egípcios, eles moravam em diferentes lugares no Egito. Os hebreus, por exemplo, moravam na terra de Gósen. Portanto, a marcação nas ombreiras com sangue de cordeiro ou cabrito nas casas dos hebreus para as diferenciar das dos egípcios se fazia desnecessária.

 

 Naquele dia certamente colocarei à parte a terra de Gósen, onde meu povo mora. Não haverá ali nenhum moscão; e assim você saberá que eu, Jeová, estou nesta terra.” Êxodo 8:22

 Somente na terra de Gósen, onde os israelitas estavam, não houve granizo.” Êxodo 9:26

E o que dizer de os israelitas serem divididos por famílias e cada qual ter que matar um cordeiro ou um cabrito?

Já fizeram esse cálculo? Vamos fazê-lo juntos e vermos o quanto esse deus inspirador é um contador de estórias das mais absurdas.

Antes de mais nada, tentaremos identificar quantos hebreus havia no Egito antes da sua partida em direção ao deserto.

 

Os israelitas partiram então de Ramessés para Sucote, cerca de 600.000 homens a pé, além das crianças. E com eles foi também um grande número de não israelitas, bem como grandes rebanhos de ovelhas e de bois.” Êxodo 12:37,38

 

Ora, se havia 600.000 homens, devemos deduzir que desses homens mais da metade eram casados, o que nos leva ao surpreendente número de 1.000.000 de escravos hebreus, sem mencionar as crianças que o próprio texto bíblico faz questão de dizer que não foram incluídos.

Agora, se cada família teria que oferecer um cordeiro, então temos que imaginar que entre os 600.000 havia homens de uma mesma família, ou seja, irmãos, o que nos levará a uns 300.000 homens irmãos e outros 300.000 não irmãos, isso se considerarmos que o número máximo de irmãos fossem 2.

Mas se imaginarmos que em cada família poderia haver 4, então esse número seria 150.000, mas vamos baixar esse número ainda mais e dividi-lo por 4, então teremos 37.500 famílias com 8 pessoas. Logo, o número de cordeiros, em uma das possíveis hipóteses, que poderia ser mortos, naquela noite, seria em torno de 75.000 cordeiros.

Seria possível imaginar que havia um número tão grande de rebanho só de cordeiros e pertencente a escravos no Egito? E mesmo que houvesse essa possibilidade impossível, temos que nos lembrar de que a mortandade dos animais era enorme, pois, hemos de concordar que não havia vacinação contra as doenças e pragas naqueles tempos.

Além disso, só sendo imbecil e muito idiota para acreditar que num mundo onde os recursos eram tão escassos e difíceis que as pessoas fariam tamanho sacrifício em matar um rebanho enorme desse só para saciar a fome de um deus que se contentava com o cheiro de tripla e gorduras das vísceras de animais queimadas.

E mais, como seria possível que esses hebreus conseguissem tanto pasto para pastar e alimentar uma população de cordeiros dessa? Imagine agora se acrescentarmos os bois, ovelhas, camelos e outros animais que possivelmente havia e que supostamente os hebreus tinham e que se somavam aos rebanhos dos egípcios e dos outros escravos do Egito?

E o que dizer da mortalidade tanto infantil quanto de adultos naquela época? Ela era enorme, tome por exemplo a dos nossos dias, apesar de todo o avanço científico alcançado, milhares de crianças morrem todos os anos por fome, doenças e mesmo durante o parto. Como “escravos” vivendo nas piores condições possíveis poderiam aumentar em número tanto assim, a ponto de alcançar uma população superior a 1.000.000 de pessoas, sendo que o médico daquela época se restringia a um curandeiro que simplesmente administrava ervas?

Imagine se há mínima possibilidade de uma superpopulação de indigentes vagando pelo deserto por 40 ano não terem deixado vestígios de sepultura, vasos e utensílios de barro, madeira e metal, um aterro sanitário e restos de vestimentas.

Esses hebreus segundo seu conto bíblico passaram 400 anos na condição de escravos e mais 40 anos vagando em um deserto escaldante sem água e comida, agora, de repente, esse povo sem qualquer organização social ou mesmo militar saem do Egito e adentram em territórios ocupados por povos super preparados militarmente e possuidores de cidades fortificadas e conseguem dominar esses povos. Sem falar que os hebreus durante esses 40 anos no deserto não teriam como ter fabricado armas. Como então eles conseguiram armas para enfrentar seus futuros inimigos? Veja que absurdo!

A mentira é tão grande que em vez de dominarem o Egito e ficarem em suas terras que, naquela época, eram as mais agricultáveis, simplesmente, inventam de ir em busca de terras prometidas a seus antepassados.

Que povo não queria dominar o Egito naquela época?

A mentira da terra que mana leite e mel é tão grande que Jacó e seus familiares durante a grande fome foram para onde? Não moravam eles em Canaã, a terra que manava leite e mel?

Esse conto sem pé e sem cabeça só empurra os hebreus para lá, porque nunca que saíram de lá. Os hebreus sempre estiveram em Canaã, eram cananeus!

 

 

                                                                                 No Deserto

 

Continuemos nessa odisseia bíblica, pois bem, depois de serem salvos milagrosamente pela mão de Jeová, os israelitas começam a mostrar sua verdadeira face. Até então, desconhecida por Javé. Eles reclamam porque jeová permitiu que saíssem do Egito apenas para morrerem de fome e sede naquele deserto escaldante.

Até certo ponto, o povo tinha razão, porque como povo escolhido que era, espera um tratamento vip da parte de Jeová e não ficar urrando dias com fome e sede. Além do que, se era para sofrer e passar privações, melhor, seria mesmo continuar como “escravos” lá no Egito, não é mesmo?

Jeová não tinha mais motivos para testar a fé de seu povo, afinal de contas, o povo ficou esperando por ele mais de 400 anos como “escravos”! Que deus insensível é esse que não se deu conta disso?

Que deus é esse que parece se alimentar apenas de sofrimentos e misérias? Jeová ainda achou pouco esse tempo que além de os testar, os condena a vagar mais 40 anos no deserto.

Que deus maravilhoso!

E os filhos de Israel disseram-lhes: Quem dera tivéssemos morrido pela mão do Senhor na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar! Porque nos tendes trazido a este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão.” Êxodo 16:3

 

E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar, e disseram: Quem nos dará carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos. Números 11:4-6

 

Novamente, encontramos mais um outro vestígio, além dos que já foram apresentados até agora, de que tudo não passa de estorinha da carochinha, uma verdadeira fábula com tudo que a caracteriza. Esse fragmento de texto traz à tona a questão da escravidão no Egito.

Pense um pouco: Como um escravo hebreu poderia estar tão bem assim? Escravos comendo carne nas panelas até se fartarem? Escravos comendo peixe, melão, pepino e cebolas? Onde foi que se viu escravos viverem tão bem assim?

Agora, imagine todos esses “escravos” vivendo tão bem assim? Quão dispendioso seria para o Egito alimentar mais de 1.000.000 de pessoas com carnes, peixes, cebolas e pepinos?

Que estória mais mentirosa!

Na passagem acima, os hebreus reclamam, porque não têm o que comer em pleno deserto, só que eles saíram com um exército de bois, carneiros, camelos e tantos outros animais, segundo a própria passagem bíblica.

Passo a grifar as referências que mostram que os israelitas tinham, sim, muita comida a disposição.


E o Senhor fará separação entre o gado dos israelitas e o gado dos egípcios, para que nada morra de tudo o que for dos filhos de Israel.”
E Moisés disse: Havemos de ir com os nossos jovens, e com os nossos velhos; com os nossos filhos, e com as nossas filhas, com as nossas ovelhas, e com os nossos bois havemos de ir; porque temos de celebrar uma festa ao Senhor.”
E subiu também com eles muita mistura de gente, e ovelhas, e bois, uma grande quantidade de gado.” Êxodo 9:4; 10:9 e 13:38

 

E o povo contendeu com Moisés, dizendo: Quem dera tivéssemos perecido quando pereceram nossos irmãos perante o Senhor! E por que trouxestes a congregação do Senhor a este deserto, para que morramos aqui, nós e os nossos animais? E por que nos fizestes subir do Egito, para nos trazer a este lugar mau? lugar onde não há semente, nem de figos, nem de vides, nem de romãs, nem tem água para beber.” Números 20:3-5


Entretanto, mesmo diante de tão clara evidência de que essa estória não passa de uma invenção das mais grosseiras, ainda assim, alguém poderia dizer: Os israelitas não poderiam comer daqueles animais porque eles deveriam ser oferecidos como oferta a IHVH.

Será que uma afirmação como essa poderia ter sentido? É claro que não!

Que deus miserável é esse que vendo seus filhos morrendo de fome e tendo à sua disposição o alimento que poderia saciar-lhes a fome, não o faz por puro capricho? Que deus amoroso seria esse? Ademais, se considerarmos que cada israelita tinha um boi ou carneiro ou ambos, chegaremos a mais de um milhão de animais, isso numa conta simples. Essa quantidade de animais daria para Jeová comer gordura dos rins e fígado de suas oferendas de sobra e, mesmo assim, sobraria também para seu povo.

E vejam agora, logo depois dessa passagem em que o povo reclamava porque tinha fome, eles voltam agora a reclamar por que passam sede.

 

Tendo pois ali o povo sede de água, o povo murmurou contra Moisés, e disse: Por que nos fizeste: subir do Egito, para nos matares de sede, a nós e aos nossos filhos, e ao nosso gado?” Êxodo 17:3

 

Parece estória de criança mesmo! Os hebreus que, a poucos instantes, reclamavam de fome a ponto de seu deus fazer chover codornas e o pão esquisito, chamado maná, agora possuem gado novamente. Mais à frente, aparecem os israelitas fazendo sacrifícios de animais ao deus de Israel, ou seja, provas, mais que suficientes, há no texto para desmontar essa farsa bíblica.

Do capítulo 20 ao 32 são inúmeras as inconsistências dessa estória mal contada e inventada.

Se fosse para expô-las uma a uma aqui, certamente, daria para fazer uma outra Bíblia.

 

                                                              Os Dez Mandamentos

 

Depois que Moisés sobe ao monte santo para receber diretamente das mãos de IHVH as leis, o povo imagina que Moisés teria morrido nesses quarenta dias de ausência, assim, decide pressionar Arão para fazer-lhe um deus melhor que Jeová, e da fundição dos utensílios de beleza e ornamentos das mulheres, Arão cria um bezerro de ouro! O povo passou, segundo a estória criada pelo escritor hebreu, quatrocentos anos em meio aos egípcios que eram idólatras de carteirinha, e os hebreus também não ficavam atrás nesse quesito, assim, fizeram o que sabiam de melhor, adorar um bezerrinho de ouro! O mais hilário desse episódio vem agora. Notem:

E tomou o bezerro que tinham feito, e queimou-o no fogo, moendo-o até que se tornou em pó; e o espargiu sobre as águas, e deu-o a beber aos filhos de Israel.” Êxodo 32:20

Num passo de mágica, de repente, surgem águas! Os israelitas, há alguns dias, coitados, estavam morrendo de sede e fome e imploravam que Moisés lhes desse água, e somente agora para castigá-los, água aparece do nada no meio do deserto escaldante.

E o interessante também é que como foi que conseguiram fundir o ouro e fazer um bezerro?

Para se fundir ouro é necessário um forno e muito fogo. Onde foi que esses hebreus em pleno deserto conseguiram fogo e um forno de fundição?

É uma palhaçada essa estória!

Só porque Moisés demorou 40 dias, os hebreus já o considerava um defunto, imagine esperar 400 anos por um deus. Por certo, os hebreus também achavam que esse deus já estava morto!

É em meio a essa estória mentirosa que os cristãos insistem em querer colocar o Jesus cristão, o redentor de pecados. Dizem que toda passagem do êxodo era uma prefiguração de Jesus.

O maná, a pedra de onde Moisés tirou água, “o descendente da mulher” mencionado em Gênesis, “os inúmeros sacrifícios de animais” para expiação dos pecados dos hebreus no deserto, a serpente de bronze e outros representavam Jesus, o Messias esperado, afirmam os mais estudiosos teólogos, que em sua maioria pertencem a alguma denominação religiosa.

Percebemos que, quando os cristãos atrelam o Jesus cristão em meio a tantas mentiras como essas, eles condenam e pulverizam sua fé, pois nada, absolutamente nada, podemos ver de verdadeiro no livro de Êxodo. E como a própria Bíblia diz que um fruto podre faz com que toda a árvore fique ruim ou podre, podemos dizer, com plena certeza, que esse fruto mais que podre chamado de Êxodo torna toda a Bíblia um aterro de podridão.

Os povos primitivos quando festejavam e ofereciam sacrifícios a seus deuses, geralmente, faziam de tudo, em termos de imoralidade, era aquela estória em que ninguém é de ninguém. Pois bem, com os israelitas, o povo santo de Javé, não era diferente, vemos isso no relato de Êxodo 32:19,25,26.

 

E aconteceu que, chegando Moisés ao arraial, e vendo o bezerro e as danças, acendeu-se-lhe o furor, e arremessou as tábuas das suas mãos, e quebrou-as ao pé do monte;

E, vendo Moisés que o povo estava despido, porque Arão o havia deixado despir-se para vergonha entre os seus inimigos. Pôs-se em pé Moisés na porta do arraial e disse: Quem é do Senhor, venha a mim. Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi.”


Durante a adoração do bezerrinho de ouro, o povo todo ficou nu! Imagine
isso, mais de um milhão de pessoas nuas na maior orgia!

É por isso que a Bíblia fala que os israelitas quando adoravam outros deuses se prostituíam. Agora se pergunte, o que havia de especial em um povo como esse, para o “deus verdadeiro” o querer como propriedade sua? A resposta só pode ser uma. Os hebreus foram os inventores de Jeová, daí, mesmo diante de tantas falhas e erros, os chamados pecados por eles cometidos, seu deus que era também hebreu não os largava, de maneira alguma.

 

E Israel deteve-se em Sitim e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Elas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu, e inclinou-se aos seus deuses.” Números 25:1,2

 

Adorar deuses envolvia muita sacanagem sexual e muita comida, como os hebreus diziam estar morrendo de fome naquele deserto, não perderam tempo, foram adorar os deuses moabitas para garantir o pão.

A passagem do bezerro de ouro é mais um outro exemplo, no meio de tantos, que vemos Jeová deixando de cumprir sua própria lei. Mas isso, não é novidade, Jeová em todos os relatos bíblicos, por diversas vezes, já se mostrou como sendo um deus sem palavra, aliás até hoje, ele não tem palavra, pois, vira e mexe, vemos diversas denominações religiosas acrescentando ou retirando passagens à sua Bíblia.

Os hebreus quebraram o mais importante mandamento da lei de Jeová, o da adoração exclusiva. E lá é dito que quem violasse este, deveria morrer, no entanto, Javé e Moisés matam apenas 3.000 mil homens e fingiram perdoar os demais. Mais a frente ainda ele diz que “a alma que pecar, esta é que morrerá!” Esse deus dos desertos não tem palavra mesmo!

Aí, vem os crentes e dizem: Deus é misericordioso e perdoador! Será?

Jeová não é nada perdoador. Ele é uma criação de um povo primitivo, ignorante e tosco. Todo seu comportamento é reflexo desse povo.

Se ele fosse perdoador, não mandaria seu amado povo matar os povos cananeus só porque não o conheciam e nem as suas fajutas leis. Como vimos, os hebreus não tinham nada de especial, eram violadores das leis ditas sagradas e pecadores como os povos em sua volta. Roubavam, matavam, mentiam, adulteravam, cometiam incestos e adoravam diversas divindades.

A estória que nos é contada aqui é pura ficção, pura lenda criada pelos pobres e miseráveis “escravos” hebreus. Não tem nada de lógico ou com qualquer sentido esses contos.

Os contos da Bíblia só ganham sentido, quando fechamos os olhos e nos deixamos ser guiados pela crença e pela fé sem qualquer base na realidade. Só pessoas inocentes e emotivas que se deixam iludir por uma lenda tão cheia de inverdades e incoerências.

 

 

 




 






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