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Como é que um deus bom e de amor jogaria um demônio sanguinário na Terra? Você jogaria um leão dentro da casa em que seus filhos e filhas se encontrassem ou o expulsaria para bem longe deles?
Não bastaria vencermos nossas próprias fraquezas, já que somos pecadores por causa do pecado herdado de Adão e Eva? Por que Deus nos causaria mais ainda sofrimento e tristezas?
Jesus venceu o diabo porque era perfeito, como disse Paulo, era o segundo Adão. Como se esperar que um homem pecador e imperfeito, como dizem as religiões, que somos, ser capaz agora de vencer tanto o diabo quanto às suas próprias pecaminosidades?
Que falta de sensatez e equílíbrio desse deus da bíblia!
Seria mais ou menos assim, você vê um homem bem magrinho carregando 100 quilos nas costas e em vez de tentar ajudá-lo, você coloca seus 60 quilos aos daquele homem. Isso seria justo? Pois, foi o que o deus da bíblia fez ao jogar o diabo aqui na Terra. O deus da bíblia teria, desse modo, aumentado mais ainda o sofrimento humano.
E o mais absurdo, o diabo teria desencaminhado um terço dos anjos e esse um terço estaria aqui. Pergunte-se, o que o diabo poderia oferecer a esses anjos que o deus todo poderoso não poderia oferecer-lhes? Poderia, por acaso, oferecer-lhes a imortalidade? A cabeça de Deus em uma bandeja?
“Irrompeu uma guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalharam contra o dragão, e o dragão e os seus anjos batalharam, mas eles não venceram, nem se achou mais lugar para eles no céu. Assim, foi lançado para baixo o grande dragão, a serpente original, o chamado Diabo e Satanás, que está enganando toda a terra habitada. Ele foi lançado para baixo, à terra, e os seus anjos foram lançados para baixo junto com ele. Ouvi uma voz alta no céu dizer:
“Agora se realizou a salvação, o poder e o Reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, porque foi lançado para baixo o acusador dos nossos irmãos, que os acusa dia e noite perante o nosso Deus! Eles o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho deles, e não amaram a própria vida, nem mesmo ao encarar a morte. Por essa razão, alegrem-se, ó céus, e vocês que residem neles! Ai da terra e do mar, porque o Diabo desceu a vocês com grande ira, pois sabe que lhe resta pouco tempo.” Apocalipse 12:7-12
Nunca vi, em uma guerra, ninguém morrer ou não sair ferido, quanto mais em uma guerra em que há seres tão poderosos(anjos, arcanjos, querubins, serafins e …). Nessa, nesse sentido, não aconteceu absolutamente nada. E esses crentes acreditam numa estória inventada dessas ainda.
Mas, Deus precisa provar seus filhos, dizem alguns. Qual a satisfação que se poderia ter em ver alguém sofrendo, morrendo de diversas formas? Se as tentações não agradam e nem vem de Deus então porque devemos ser submetidas a elas? Por que permitiria Deus o sofrimento de tantos em benefício e satisfação daquele que supostamente o provocaria?
Por que os seguidores do maligno deveriam sempre se dar bem, enquanto os servos do deus verdadeiro se definham? Se há realmente essa distinção entre aqueles que servem a Deus e o diabo, então por que tanto os maus que, supostamente, servem ou fazem a vontade do diabo e os que a Deus servem, sofrem?
Quando, em uma tragédia, por exemplo, morrem todos os crentes e se salva um católico, quem foi que salvou esse católico adorador de estátuas? Foi o diabo ou Deus? Se Deus realmente se importasse, salvaria todos, não apenas um. Salvar um, seria demonstrar parcialidade.
“Ai da terra e do mar, porque, desceu a vós o diabo. E procura alguém a quem devorar”. Que absurdo sem tamanho!
Deus se livra de um problema e o joga para nós. Não seria muito mais fácil eliminar o diabo e desfazer todas as suas supostas obras?
Certa vez, estava conversando com um crente, e ele me disse que o fim ainda não chegou porque Deus quer que pessoas como eu se arrependa e alcance o arrependimento. E que o diabo ainda está vivo porque se Deus o destruísse, isso poderia não ser bem entendido pelos outros anjos. Tem algum sentido nisso?
Eu disse-lhe que primeiro se Deus ficar esperando o arrependimento de alguém, esse fim não irá chegar nunca, pois a cada ano nascem milhares de pecadores como eu que ele terá que dar a mesma oportunidade de arrependimento. E segundo, se fosse assim, a bíblia estaria, novamente, se mostrando contraditória, porque, Jesus disse que a respeito daquele dia, ninguém sabe, mas tão somente, o pai. Bom, se o pai sabe o dia, então o fim não dependeria de arrependimento de ninguém, posto que há uma data fixa ou marcada pelo pai.
Quanto ao não entendimento de que os anjos não conseguiriam entender, disse-lhe que se até os anjos teriam motivos para questionar a soberania de Deus, o que seria mais outro absurdo, quanto mais justo seria Adão e seus filhos também duvidarem dela. Por que se deveria exigir mais dos humanos e menos dos anjos? E digo mais, qual ser no universo teria motivos para duvidar ou por dúvidas acerca das atitudes de um ser Todo-poderoso, capaz de exterminar qualquer um com o sopro de sua “boca”? Que dificuldade haveria em se entender a destruição de alguém que desobedecesse às ordens de Deus? Quando um criminoso viola uma lei, ele deve ser julgado, condenado e em seguida preso. Simples assim! E que mente medíocre desses anjos, não conseguir entender uma besteira dessas? Se nós humanos a entendemos a ponto de estarmos justificando aqui o motivo de Deus não ter destruído o diabo, como eles mesmos não entenderiam?
A crente disse que Jeová deu livre-arbítrio aos homens e aos anjos. Eu disse e daí, o que tem a ver livre-arbítrio com a soberania de um ser inquestionavelmente supremo?
Além disso disse-lhe que, por diversas vezes, na bíblia, Deus não respeitou livre arbítrio nenhum. No caso do dilúvio, Sodoma e Gomorra, a torre de babel e o caso de Jonas, ele não queria obedecer às ordens de Jeová, mas, Ele usou de seu poder para que Jonas fizesse sua vontade, cadê o respeito ao livre arbítrio. Esses são alguns poucos exemplos dos muitos que há na bíblia. Se livre arbítrio impedisse Deus de fazer alguma coisa, essas não teriam acontecido. E a soberania de Deus não seria soberania, já que estaria condicionada a algo. E poder soberano não se subordina e não se condiciona a nada.
Quanto mais esses crentes tentam justificar as mentiras e as contradições da bíblia, mais enrolados, e mais confusa e ilógica ela fica. Os crentes se esforçam em tentar provar que 2+ 3= 6. Inventam exemplos descabidos, teorias que nenhum judeu e nem cristão sequer pensaram em seu tempo. Tudo fazem, coitados, para não verem seus anseios que eles mesmos criaram a partir de estórias muito mal formuladas, sumirem como fumaça diante do vento.
A bíblia não se contradiz nunca, dizem eles, são as pessoas que não a entendem. Tudo mentira! Ficam com estória de dar diversos sentidos a palavras hebraicas e gregas. Só que quando observamos o contexto em que elas se encontram, vai todo o saber em hebraico e grego por água abaixo. Não adianta!
Os judeus(cristãos) criaram uma fé em cima de uma outra que estava ruindo. Os judeus estavam perdendo a fé no deus Jeová, pois, Ele não os livrara de nada. Os deuses dos persas, babilônios e romanos mostram-se todos superiores ao deus judeu. As doze tribos que eles tanto se gabavam terem se originado, apenas duas sobreviveram. Diante de tantos fracassos e desilusões, era preciso refazer os cacos e se reinventar. O judaísmo já não satisfazia a crença de muitos. O cristianismo levanta o orgulho do judeu helenizado na pessoa de um descendente do vitorioso, Davi, O ungido de Jeová.
Como a antiga religião busca sua força em um conjunto de livros supostamente inspirados, a nova religião (cristianismo) seguiu a mesma linha da antiga (Judaísmo). O novo testamento surge da vontade de homens e não de um deus que os teria inspirado para tal ofício. Se assim não fosse, muitos dos livros do Novo testamento não teriam sua canonicidade questionada e somente após, quatrocentos anos depois da morte daquele que nunca morreu, jesus, pois nunca esteve vivo, pelo menos não nos moldes do deus homem, redentor dos pecados dos homens, seria reconhecida por um grupo de padres cristãos do 3 e 4 séculos.
Se os livros eram inspirados dúvida nenhuma poderia pairar sobre eles, mas isso não aconteceu.
E se olharmos bem, os livros estavam mais próximos da época em que foram escritos, portanto mais próximos de Jesus e de seus discípulos e apóstolos, no entanto, nem isso favoreceu para dar-lhes maior confiança e credibilidade.
Diversas mentiras e estorinhas foram inventadas para provar a canonicidade desses livros. Os escritores pós apóstolos: Policarpo, Irineu, Origines, Tertuliano e Eusébio, os chamados pais da Igreja foram mestres em mentir. A estória de fé de muitos deles é uma cópia forçada das contadas na bíblia hebraica.
Surgiram mentiras para desacreditar as mentiras contadas pelos cristãos. E os cristãos não deixaram por menos, inventaram novas também para confirmar as antigas. Mentiras para tornar verdadeiras outras mentiras.
A canonicidade destes livros foi ato exclusivo da Igreja Católica de Roma e por mais que não queiram admitir os protestantes, os crentes em geral, se não fosse sua algoz, nem eles mesmos teriam em suas mãos os tão desejados livros sagrados. Muitos se teriam perdido pelo caminho, como de fato ocorreu, foi por causa da tradição da Igreja que eles puderam ser preservados. A Igreja tinha interesse que fosse assim. Não foi nenhuma providência divina que quis que fosse assim. Se houvesse algo de divino nisso, a detentora e tradutora da bíblia não teria sido a Igreja, pois sabemos que tudo em que a Igreja pôs as mãos, houve derramamento de sangue, intrigas e muitas mentiras. Deus nenhum que existisse, deixaria que sua “palavra” que, provavelmente, ele consideraria importante caísse em tais mãos.
Podemos dizer que a época pós cristo, foi a época das mentiras!
Só para se ter um vislumbre, por muito, muito tempo mesmo se acreditou, a ponto de se colocar as mãos no fogo, que Jesus teria nascido em 25 de dezembro. Eram pouquíssimos os que diziam o contrário.
Até o mais radical dos crentes do passado chegou a acreditar nessa grande mentira.
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